Na semana passada aconteceu o Acampamento Terra Livre (ATL) 2024 em Brasília, Sonia.
E na quinta-feira (25), foi o dia da principal Marcha do ATL 2024, liderada pelos mais de 200 povos indígenas presentes nesta edição.
Foi um momento muito bonito que reuniu milhares de pessoas, centenas de culturas, de todas as partes do país. Presenciamos uma demonstração da força e da resiliência dos povos indígenas, que há 524 anos lutam para ter seus direitos e suas vidas respeitados.
Um dos destaques da marcha foi uma imensa Cobra do Tempo - tinha 100 metros! - que levava o tema do ATL, e desta marcha, para as avenidas de Brasília: "Nosso marco é ancestral. Sempre estivemos aqui."
Dá uma lida nesse trecho de um dos Manifestos do movimento indígena divulgados durante o ATL:
"Nós, povos indígenas, somos guardiões da biodiversidade e estamos na linha de frente para conter a crise climática global, por meio de saberes e tecnologias sociais produzidos por nossos modos de ser e estar no mundo. É justamente em nossos territórios que se encontram as bases para a construção do mundo pós-carbono".
É inegável a importância dos territórios indígenas na proteção ao meio ambiente. É nestes saberes ancestrais que encontramos saídas para enfrentar a crise climática.
Defender os direitos dos povos indígenas é uma luta de todas as pessoas - e não só das que são indígenas.
Por isso precisamos nos mobilizar e apoiar a luta indígena contra a Lei 14.701. Esta lei, aprovada no fim do ano passado, reinstituiu a tese - mesmo depois de o STF julgar o Marco Temporal como inconstitucional.
Sonia, eu perdi as contas de quantas vezes eu ouvi, durante o ATL, as lideranças indígenas mencionando como é importante enfrentar a tese do Marco Temporal e derrubar essa lei.
Então, podemos contar com a sua assinatura em nosso abaixo-assinado contra o Marco Temporal?
Muito obrigado,
Jorge Eduardo Dantas
Greenpeace Brasil