quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

CASANOVA (Bibliotecario)

CASANOVA

O mais conhecido dos libertinos, e o único que escreveu um registro completo das suas experiências amorosas, foi o aventureiro veneziano, cavaleiro de Seingalt, Giacomo Girolamo Casanova (1725-1798). Ele era filho de atores do grupo Calle della Commedia. A sua paternidade era por ele mesmo contestada,
dizia-se, e é provável que seu verdadeiro pai fosse o nobre Michele Grimani, dono do teatro aonde trabalhavam seus pais. 
Nessa época, era comum as atrizes se prostituírem e os atores se tornarem cafetões. Seus pais o abandonaram quando ele tinha apenas 1 ano de idade. A avó materna, de má vontade, foi incumbida de criá-lo.



Giacomo graduou-se pela Universidade de Pádua, com o título de doutor em leis. Tornou-se um arrivista utilizando os mais variados expedientes para a ascensão social. Um deles foi a conquista de damas bem-nascidas. Casanova nunca se casou. Foi associado a uma “vida de perversão”, de perpétua ilusão, e à ausência de laço familiar ou responsabilidade com a sua prole.

Atividades profissionais. Elegante e eloquente, logo que aparecia em algum lugar obtinha sucesso social, abrindo caminho para uma excelente posição ou para um posto de confiança.
Entretanto, depois de algum tempo descobria-se que havia tomado parte de alguma operação fraudulenta, e fugia para começar novamente em qualquer outro lugar. Juntou e perdeu fortunas.
Intelectual, de saber enciclopédico, foi secretário de um embaixador, oficial militar, fundador da loteria estatal, espião, sacerdote, violinista, dançarino, fabricante de sedas, cozinheiro, dramaturgo, cafetão, mago-adivinho e jogador, para citar apenas algumas profissões. 

Escreveu 42 livros, entre eles um romance de ficção científica em cinco volumes, além de peças, tratados filosóficos e matemáticos, libretos de ópera, obras sobre calendários, leis canônicas e geometria cúbica. 

Traduziu a Ilíada, de Homero, para o italiano moderno, foi refinado gourmet e praticante da cabala. Amigo de imperadores, papas e mendigos, travou duelos, foi ladrão que entrava pelas janelas, passou anos na prisão e muitas horas embriagando-se com a nobreza. Desfrutou também da companhia de Rousseau, Voltaire e outros pensadores.

A primeira experiência sexual. Assim como seus negócios, seus casos de amor também eram marcados pela canalhice, pela ostentação e pela necessidade de mudança rápida e constante. 
sua primeira experiência sexual completa foi realizada com duas irmãs, ao mesmo tempo. Os três gostaram do episódio, e Casanova mostrava-se sempre disposto a repeti-lo. Quando chegou a uma idade avançada, meditou sobre isso:“Consegui os meus melhores resultados, entretanto, atacando noviças em companhia de outra mulher, porque princípios e preconceitos dificultavam a realização das minhas intenções. Eu já havia aprendido, na juventude, que é
difícil a gente seduzir mocinhas, porque lhes falta coragem para ceder.

Entretanto, na companhia de uma amiga, elas se entregam com facilidade.” 
As aventuras amorosas Casanova tinha mais prazer na sedução do que no próprio ato amoroso que resultava dela. Suas mulheres iam desde as mais aristocráticas até as mais modestas camareiras. 
E ele teve relações sexuais com elas de pé, sentado e deitado; em camas, becos, escadarias, carruagens e botes. Sua técnica típica era a de se sentir apaixonado poucos momentos depois de se encontrar com uma nova mulher. A partir daí, punha em prática seus roteiros. Fazia uso da adulação, de palavras de veneração, de presentes e de dinheiro, se necessário. Lançava mão de emboscadas, se isso fosse possível e possibilitasse o que queria, e acabava sempre oferecendo casamento, quando tudo o mais fracassava.

Apaixonado por uma linda freira, que possuía um amante semi-impotente, armou uma das mais prodigiosas apresentações da sua versatilidade e da sua resistência, depois que ela lhe disse que o homem impotente desejava assistir às relações dela com ele, através de um orifício. Casanova era devasso e ousado; não era à toa que chamava seu pênis de “corcel valente”. Nenhum muro era
elevado demais, nenhuma janela estreita demais, nenhum marido estava próximo demais para impedi-lo de fazer sexo com a mulher que desejasse, “porque ela era bela, porque eu a amava e porque seu encanto nada significaria a menos que tivesse o poder de sufocar toda razão”.



Sempre apaixonado pela mulher que perseguia, seu ardor tornava-o
irresistível. “Quando a luz se extingue, todas as mulheres são iguais”, disse a respeito de suas escapadas ocasionais na escuridão com mulheres feias. Muitas vezes se apaixonou e perdeu seus bens materiais. Casanova queria que todas as mulheres se apaixonassem por ele, mas, quando isso ocorria, ele as abandonava.

Em busca de respeito, ele iludia, insinuava-se e abria caminho para a alta sociedade através da cama. Belo contador de piadas, criava enredos engenhosos, conseguia infiltrar-se por sob as saias de incontáveis mulheres, com frequência durante acontecimentos movimentados. Como as mulheres não usavam roupa de
baixo, o sexo em público tornou-se um prazer especial.58

O envelhecimento Ao entrar na fase dos 40, Casanova deu para colecionar figuras pornográficas. Ficou excitado ao acariciar uma menina de 9 anos de idade; e no decorrer de uma chantagem, teve relações sexuais com uma marquesa de 70 anos, coisa que fez parte de um presumido ritual mágico. Com 49 anos, grande parte de sua energia já havia desaparecido.

Ele descreveu como foi que certa noite, tempos depois, em más condições de saúde e de dinheiro, se deteve numa estalagem de onde, 13 anos antes, fora forçado a partir, com lágrimas e dores, abandonando a sua jovem amante francesa, Henriette, que amava com intensidade. Por ocasião desta segunda visita à estalagem, ele já havia esquecido completamente o episódio. Mas, de repente, viu numa janela as palavras proféticas que ela havia riscado ali com o
anel: “Você se esquecerá também de Henriette.” 

As reflexões de Casanova, neste ponto, são bem interessantes:
Assombrado, caí numa cadeira... Comparando o que agora era com o que fora naquele tempo, tinha de reconhecer que eu já não tinha mais a delicadeza que tivera naqueles dias, nem os sentimentos que realmente justificam os transportes dos sentidos, nem as mesmas maneiras enternecidas... mas o que me apavorava era o fato de ter de reconhecer que eu já não possuía o mesmo vigor.

Quando sofria de gota e se aborrecia com sua plácida existência de
bibliotecário do conde Waldstein, no castelo de Dux, na Boêmia, decidiu viver de novo todos os bons anos passados e escreveu suas memórias.

As memórias. O grande legado de Giacomo Casanova é uma única obra, A história da minha vida. Como nenhum editor quis publicar o texto, ele permaneceu por muito tempo desconhecido, só se tornando disponível em sua totalidade a partir da década de 1960. No original, são 3.800 páginas, que abrangem sua vida de 1725 a
1774, e viria a ser um documento precioso sobre sua época. 

No texto, além da descrição de suas peripécias e múltiplas atividades, ele se revela um perspicaz observador da sociedade aristocrática europeia do século XVIII, e dos costumes nas diversas cortes europeias. Ao escrever as suas memórias com uma caneta de
pena, ele torna-se O Casanova. Em mais de mil páginas, descreve sua relação com as mulheres a quem enviava uma flor, um pente ou qualquer outro objeto simbólico do seu amor prometido.

O aventureiro menciona 116 amantes pelo respectivo nome, e proclama que possuiu centenas de outras, de todos os níveis econômicos e de todas as classes
sociais. “As mulheres que em sua página aparecem formam uma procissão surrealista de lábios, seios e coxas, mas dificilmente se individualizam como seres humanos”, diz Morton Hunt. 
Casanova descreve passagens secretas que dão acesso a alcovas de damas infiéis e duelos travados à primeira luz da madrugada,
quando a honra de noivos e maridos era defendida até a morte. 

A certa altura ele afirma: “Sou suficientemente rico, dotado de aparência imponente e agradável, jogador inveterado, mão aberta, amigo do discurso, mas sempre mordaz, nada modesto, intrépido, galanteador, hábil em suplantar rivais, só reconheço como
boa companhia aquela que me diverte.”

Deduz-se que Casanova podia conquistar quem quisesse, sem dificuldade.
Um dos seus biógrafos diz que ele tinha o dom “de manter a graça e a ereção quando todos em volta as estavam perdendo”. 
O mais famoso sedutor de todos os tempos morreu em Dux , aos 73 anos, em 4 de junho de 1798. 

O próprio julgamento de toda a sua vida está contido na última afirmação que fez: “Não me arrependo de nada.”
“Ele escreveu para salvar sua alma, ou assim costumava declarar, mas esta era uma expressão muito usada por ele para não se referir especificamente à sua tão importante vida sexual, e até mesmo a seu pênis”, esclareceu seu biógrafo.59

Por tudo e por todas, não é de espantar que um homem que dedicou grande parte de sua vida aos prazeres do momento tenha caído em profunda melancolia na velhice. Escrever foi um tratamento sugerido por seu médico para evitar a loucura ou a morte por tristeza. “Casanova apresentou, pela primeira vez no cânone ocidental, a ideia de que a compreensão do sexo, com toda sua
irracionalidade e seu potencial destrutivo, é uma chave para se entender o eu. 
história da minha vida é um texto revolucionário, que fascina por muitas outras coisas além de seus catálogos de conquistas amorosas.”




domingo, 20 de dezembro de 2015

Como a mulher que criou um tricorder pode mudar a medicina

A nova solução consiste numa plataforma portátil, do tamanho de um tablet, com um chip de diagnóstico que reconhece doenças infecciosas a partir de uma impressão digital ou de uma única gota de sangue ou saliva sem a necessidade de infra-estrutura de laboratório, profissionais de saúde, eletricidade ou água corrente.

Início dos anos 70, sul dos Estados Unidos. Brancos e negros ainda viviam em silos. Anita, com apenas 3 anos, começava a fazer história. Na pequena cidade rural de Prentiss, no Mississippi, ela foi a primeira criança, filha de pais “não brancos”, a entrar numa escola historicamente segregada.
Seus pais, que saíram da Índia em busca do sonho americano, tiveram que enfrentar preconceitos na nova terra. Anita Goel, desde cedo, teve que aprender a sobreviver eprosperar em mundos diferentes que não conversam entre si.
Mais mocinha, movida por uma enorme curiosidade e com profundos anseios espirituais, quis compreender o mundo. Quebrou os “silos” que ainda restavam dentro de si e acabou encontrando-se ao criar um profundo apreço pela natureza, pela medicina e pela física.
Ela estava convencida de que a mesma física que nos ajuda a entender o universo podia ajudar na compreensão da vida e dos sistemas vivos, resolvendo os problemas da biomedicina.
Anita queria continuar fazendo história.
Em 2004, durante a sua formação clínica no Hospital Geral de Massachusetts, como parte do Programa Harvard-MIT, recebe um convite da DARPA para participar do desenvolvimento da próxima geração de detectores de ameaças imprevistas como o antraz, o bioterrorismo, e surtos pandêmicos como a SARS. A agência americana estava convocando pessoas com forte “background” em ciência, física, medicina, e nanotecnologia, para ajudar a combater estes tipos de ameaças à segurança do país.
Anita foi lá. Após duas horas de intenso interrogatório sobre as suas ideias e sua experiência, o painel de especialistas sinaliza um financiamento para que comprove conceitualmente suas ideias. Porém, vaticinam que ela iria fracassar. Mesmo assim, estariam dispostos a apostar no que iria dar.
Anita questiona a causa do pessimismo, e escuta: “Seu projeto é bem complicado e não há dinheiro e tempo suficientes para atingir as 7 metas propostas”. Na perspectiva deles, as probabilidades estavam contra ela, porém vislumbravam o potencial da inovação de sua ideia. Deram alguns minutos para que pensasse. Era “pegar ou largar”.
Anita disse sim. Seis meses depois, ela e sua equipe conseguiram atingir as sete metas e outras duas adicionais, motivando o governo dos EUA a dobrar o financiamento. Ganharam vários prêmios: da DARPA; do Escritório de Pesquisa Científica da Força Aérea Norte-Americana; do Departamento de Energia; e da Agência de Defesa às Ameaças dos Estados Unidos.
Todos estes prêmios ajudaram no lançamento, em 2004, do Instituto de Pesquisa Nanobiosym e Incubadora, que alguns anos depois passou a se chamar Nanobiosym Diagnostics. A empresa, localizada em Cambridge, Massachusetts, desenvolveu e comercializa o Gene-Radar®, uma tecnologia que tem potencial para transformar a medicina.
Hoje, Dr. Anita Goel, MD, Ph.D., além de física e médica formada em Harvard e no MIT, CEO da Nanobiosym e empreendedora, é uma cientista de renome mundial em nanotecnologia. Ela foi eleita pela Technology Review da MIT como uma das “35 Top Inovadores em Ciência e Tecnologia do mundo” e eleita pela Scientific American como uma das “Visionárias mais influentes do mundo em Biotecnologia“. Foi também premiada com o XPrize 2013 em reconhecimento às suas contribuições pioneiras para o campo emergente da nanobiofísica e pela sua tecnologia Gene-Radar®.

Acesso ilimitado à saúde                 

Anita, nos últimos dez anos, voltou todo o seu foco para as restrições impostas pela indústria médica. Ela, por meio do seu conhecimento e integrando tecnologias, poderia contribuir para eliminá-las.
Para se ter uma ideia destas restrições, hoje, 4 bilhões de pessoas no mundo, não têm acesso aos cuidados com a saúde, mesmo os cuidados básicos. A maior parte dessas pessoas não tem acesso aos hospitais, laboratórios e consultórios médicos.
Esta situação pode ser mudada com o Gene-Radar®, o principal produto da Nanobiosym, empresa de Anita. Segundo ela, o que o Google fez para a indústria da informação e a Apple para a indústria de telecomunicações, a Nanobiosym está fazendo para os cuidados médicos. Ao descentralizar a infra-estrutura necessária para diagnosticar e controlar doenças, ela irá democratizar o acesso aos cuidados de saúde em uma escala global.
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Gene-Radar®, o principal produto da Nanobiosym, é do tamanho de um tablet.

A nova solução consiste numa plataforma portátil, do tamanho de um tablet, com um chip de diagnóstico que reconhece doenças infecciosas a partir de uma impressão digital ou de uma única gota de sangue ou saliva sem a necessidade de infra-estrutura de laboratório, profissionais de saúde, eletricidade ou água corrente.
Os médicos vão diagnosticar doenças como o Ebola antes que o paciente apresente os sintomas. É possível testar o diabetes, tuberculose, AIDS, HIV, E.Coli. Os testes que antes levavam seis meses e centenas de dólares agora irão levar apenas alguns minutos a um custo pelo menos 10 vezes mais barato do que quaisquer testes de diagnóstico comparáveis ​​no mercado hoje.
Isto tem potencial para transformar a forma como os cuidados com a saúde são realizados globalmente para as quase 4 bilhões de pessoas que hoje não têm acesso a laboratórios de diagnóstico. Além de democratizar o acesso, a tecnologia portátil coloca literalmente a saúde nas “mãos das pessoas”, para que tomem as rédeas destes cuidados.
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Ilustração de Sanjida Rashid, publicada no Bloomberg BusinessWeek. Tradução O Futuro das Coisas.

Segundo Anita, a capacidade de detectar com precisão e rapidez o Ebola e outras pandemias em um dispositivo móvel, com um baixo custo, pode reescrever completamente as regras dos diagnósticos médicos baseados em um paradigma enraizado na revolução industrial de 1700.

A tecnologia

A tecnologia por trás do Gene-Radar® parece simples, mas é complexa. A maioria dos cientistas sabe que as informações armazenadas estão na seqüência do DNA e RNA. No entanto, Anita formula a hipótese de que há informações incorporadas no ambiente molecular. Ela acredita que há uma interação entre todos os três.
Um exemplo disso seria os filhos gêmeos. Ambos têm RNA e DNA idênticos. No entanto, um tem câncer e o outro não. A melhor explicação para isso são as alterações provocadas por vários fatores ambientais que afetam o nosso DNA.
A empresa de Anita desenvolveu um método para manipular o ambiente genético, revelando assim como o ambiente desempenha um papel na doença.
A solução levou mais de 20 anos de pesquisas em nanobiofísica para viabilizar o primeiro Tricorder portátil do mundo que permite o diagnóstico em tempo real de doenças, sem a necessidade de ir até um hospital ou clínica.
Dr. Pardis Sabeti, especialista em doenças infecciosas do Instituto Broad, em Cambridge, considera que o Gene-Radar®, com a sua facilidade de uso e resultados altamente quantitativos, representa a próxima geração de diagnósticos clínicos. Surtos de Ebola, por exemplo, poderiam ser interrompidos bem antes de tornarem-se pandemias globais.

“A crise global do Ebola foi um momento de aprendizado para entender o quanto estamos todos interligados e o quão vulnerável é o nosso planeta em relação às pandemias.” Dr. Anita Goel.


Anita acredita que o compromisso de brecar o Ebola na África Ocidental representa o primeiro passo para a construção de um sistema digital democratizado de cuidados com a saúde.

Implantação em diversos países

Capacitar as pessoas para que assumam a responsabilidade por sua própria saúde começa com o acesso. Anita considera que com o Gene-Radar®, tanto os países industrializados como os países em desenvolvimento, podem se beneficiar com um maior acesso e qualidade de atendimento.
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Hospitais e clínicas em todo mundo já se inscreveram para implantar a solução, desde aldeias rurais na África e na Índia até os principais hospitais americanos.
Atualmente, o Gene-Radar® está construindo “aplicativos” para clientes em diversos países e já tocando dois estudos-piloto simultaneamente em um grande sistema hospitalar dos Estados Unidos e em Ruanda, na África.
O objetivo em Ruanda, onde 3% da população é soropositiva, é melhorar os testes básicos. Em colaboração com o Ministério da Saúde, USAID e outras agências globais de saúde do país, a Nanobiosym espera oferecer uma solução de baixo custo para aproximadamente 200 mil pessoas em Ruanda com necessidade urgente de testes de carga viral de HIV – uma demanda que a sua atual infra-estrutura laboratorial não é capaz de absorver.
Já nos Estados Unidos, o objetivo é usar o Gene-Radar® para chegar a uma solução rentável que reduza os custos ao mesmo tempo oferecendo melhor atendimento ao paciente. Isso irá impactar a forma como os americanos são diagnosticados e tratados.
Um dos pontos fortes do Gene-Radar®, é que os aplicativos por trás da plataforma sãoextremamente flexíveis, e, portanto, podem ser personalizados para as necessidades de cada um dos clientes, acomodando suas nuances, tais como quantidade de pessoas que irão fazer os testes, doenças-meta e até mesmo as localidades.

Ecossistema inteiro

Todo ano, no mundo todo, trilhões de dólares são gastos em cuidados com a saúde. Para o mundo abraçar e perceber o impacto de uma tecnologia disruptiva como o Gene-Radar®muitas mudanças e parcerias terão de ser feitas.
Devido à capacidade disruptiva em diagnósticos, a Nanobiosym não irá entrar no mercado sem dificuldades. Políticas, mudanças regulatórias e tarifárias terão que ocorrer em todo o ecossistema.
Anita acredita fortemente que tecnologias disruptivas por si só não são suficientes para conduzir a revolução global na área da saúde; é preciso todo um ecossistema de early adopters e agentes de mudança para liderar e integrar estas novas tecnologias. Para ela, a “engenharia do ecossistema” é tão importante quanto a “engenharia da Nanotecnologia”.
Anita quer impulsionar a comercialização de sua plataforma disruptiva nos mercados globais. Nesse intuito, fez parcerias público-privadas e construiu um ecossistema global de especialistas mundiais e líderes empresariais que estão junto com ela nesta missão.
Uma destas parcerias foi com a International Space Station (ISS), do Laboratório Nacional do EUA para desenvolver novos “apps” para o Gene-Radar®. Essa parceria vai ajudar a prever melhor como patógenos mortais podem sofrer mutações para tornarem-se superbactérias resistentes a medicamentos, como a MRSA. Essa capacidade de antecipar as mutações usando o Gene-Radar® levará a antibióticos de última geração, muito mais precisos para impedir a propagação destes patogénicos mais perigosos. Essa pesquisa na ISS pode revolucionar a medicina de precisão.
Além destas parcerias, Anita também formou um conselho consultivo de líderes mundiais em várias áreas que estão ajudando-a a navegar nessas águas desconhecidas. Alguns deles são Bob Langer, Professor do MIT, Paul Maritz, pioneiro em computação em nuvem, e a primeira cirurgiã e médica de Havard, Dr. Tenley Albright, bem como líderes de empresas globais como Ratan Tata da empresa indiana Tata Group, o embaixador John Palmer, John Abele da Boston Scientific e Alfred Ford, da Ford Motor Company.
Anita tem tudo para continuar fazendo história.

Fernando Fabbrini O nadismo e a solitude

Calma, gente: não é nudismo, com protuberâncias e membros balançando, soltos ao vento. É nadismo mesmo, do fazer nada, do “dolce far niente”. Começaram a usar com maior frequência a palavra – inventada por um nadista, com certeza – em anúncios de roteiros turísticos para um público especial: “Venham para a pousada tal, um paraíso do nadismo”. A atração de tais recantos é muito simples: trata-se da garantia de que não haverá ninguém lhe perseguindo, convidando para intensas atividades sociais e aeróbicas dentro e fora da piscina, escaladas de esfolar joelhos ou saraus de samba e hits sertanejos em torno de um teclado fanhoso. 
 
Lembro-me logo de uma rara semana de férias que passei num resort chique na Bahia, aproveitando uma promoção na baixa temporada. A paisagem era linda e o hotel deslumbrante. Tudo seria perfeito não fosse a presença dos chamados gentis anfitriões, animadores ou coisa que o valha. Desde o momento em que botei os pés no ambiente passei a ser assediado para integrar grupos de caminhada rústica, hidroginástica, arco e flecha, lições de capoeira básica, artesanato em palha, bicicletas secas e aquáticas, kitesurf, yoga sobre areia escaldante, interação com povos indígenas em risco de extinção e outras modalidades voltadas à completa exaustão do hóspede. 

Que nada: não me pegaram. Inventei um mal-estar causado pelo excesso de ostras frescas com vinho espumante e me deixaram em paz, chamando-me de “um chato” pelas costas. No segundo dia, encontrei um recanto no alto do penhasco, com gramado verdinho, espreguiçadeiras e vista para os azuis fantásticos do Atlântico e do céu nordestino. Oba! Estava salvo. Ao fechar os olhos, pensei vivenciar um pesadelo absurdo: música baiana ensurdecedora ressoou subitamente das pedras vizinhas. Valei-me Filhos de Gandhi e todas as entidades do nosso rico sincretismo religioso! Não eram pedras: eram caixas de som, disfarçadas de pedras naturais, escondidas entre arbustos. Saí correndo e consegui finalmente refugiar-me à distância, praticando o nadismo – e também o nudismo, confesso - numa praia deserta vizinha, só voltando ao hotel nos fins de tarde. 

Nada contra aqueles que gostam da eufórica movimentação lúdico-esportiva para fins de completa confraternização, entendo perfeitamente. Mas às vezes enxergo nisso uma coisa esquisita, um tipo de neura. Embalados pela correria do mundo, grande parte das pessoas são absolutamente incapazes de ficarem uma horinha sequer fazendo nada, consigo mesmas, olhando apenas a paisagem, deixando o pensamento voar com as gaivotas. E digo mais: ficar a sós, como imagino, implica ainda em preservar o silêncio, sem música, headphones, conversa fiada ou mexidas no tablet ou celular. Trata-se de uma arte que perde adeptos na proporção do crescimento da ansiedade do momento que vivemos. 

Interessante também foi descobrir, outro dia, a diferença entre solidão e solitude. A primeira é incômoda e indesejada; diz respeito à sensação de abandono, de carência de um ombro amigo, de uma namorada, de alguém para desabafar. Já a solitude – que em alguns dicionários é catalogada, injustamente, apenas como um eufemismo – é, na verdade, uma opção libertadora. Busca a solitude aquele que aprendeu a construir a sua e a valorizá-la; aquele que se sente ótimo em companhia de si mesmo e vive feliz assim – sem desmerecer ninguém. 

Resumindo: a solidão depende dos outros, a solitude é um prazer só nosso. 

Através de minhas pesquisas particulares entre amigos e colegas, notei uma curiosidade: os praticantes do nadismo são, quase sempre, também fãs da solitude. E pouco a pouco vão alcançando um grau de sofisticação nas tais práticas que acaba por conduzi-los a um jeito muito mais light de viver. Quem faz meditação sabe bem disso. Antes de qualquer conotação mística, o exercício da meditação envolve algumas premissas na contramão da loucura diária de nossas vidas: ficar parado, imóvel; em silêncio; ouvir; deixar a mente ir onde ela quiser, respirar profundo; sentir o coração batendo e a vida ali dentro, misteriosa, fora de qualquer controle de nossa parte. 
Também percebi que os amigos do nadismo e da solitude são especiais quando precisam agir e excelentes companheros para aventuras de todo tipo. Não é engraçado? Sabem valorizar um bom papo quando rola; mantêm um foco primoroso quando trabalham; são criativos, bem humorados e de bem com a vida. Tudo indica que nos seus retiros voluntários carregam as baterias e se enchem de energia para gastarem – bem - quando lhes dá na telha. 

Num livro sobre a vida de Albert Einstein, contam que o homem era considerado terrivelmente antissocial. Fingia aceitar todo tipo de convite para eventos como jantares, piqueniques, concertos e homenagens. Não aparecia em nenhum deles, sumia de vista por dias a fio. Talvez, já naquele tempo, ele fosse um precursor do nadismo e da solitude, esvaziando a cabeça de tolices e abrindo espaço para suas ideias geniais. E aquela famosa língua pra fora – desconfio – ele botava só para afastar gente chata
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MPF pede proibição da vacina contra HPV em todo o país

Segundo ação civil pública, não existe comprovação de que a vacina seja eficaz contra o câncer de colo de útero, além de não haver estudos apontando seus efeitos colaterais


O Tempo

Vacina quadrivalente contra HPV foi aprovada
Previsão é de que meninas de 10 e 11 anos também recebam a vacina


O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública pedindo que a Justiça Federal proíba a rede pública de Saúde de aplicar a vacina contra o HPV em todo o território nacional. A ação também pede a nulidade de todos os atos normativos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que autorizaram a importação, produção, distribuição e comercialização da vacina no país.
O fundamento do pedido está no fato de que não foram realizados estudos que comprovem a eficácia ou apontem os efeitos colaterais da vacina, incluída no calendário anual de imunizações da população brasileira há cerca de dois anos.
Em 2013, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão da vacina contra o papilomavírus (HPV) ao calendário do Sistema Único de Saúde (SUS), como medida complementar às demais ações preventivas do câncer de colo de útero, entre elas, a realização do exame  Papanicolau e o uso de preservativo nas relações sexuais.
A previsão era de que, a partir de janeiro de 2014, a vacina fosse administrada em pré-adolescentes de 10 e 11 anos, em três doses, sendo a segunda um mês após a primeira e a terceira, após seis meses.
Posteriormente, o Ministério da Saúde ampliou a faixa etária, incluindo meninas dos 11 aos 13 anos. Neste caso, a terceira dose será aplicada cinco anos após a primeira.
A alteração no plano de imunização, segundo o Ministério da Saúde, decorreu de estudos que demonstraram a eficácia do esquema estendido, que possibilitaria também ampliar a oferta da vacina, a partir de 2015, para as pré-adolescentes entre nove e 11 anos de idade, sem custo adicional. Assim, quatro faixas etárias seriam beneficiadas, possibilitando imunizar a população-alvo, que possui entre nove e 13 anos de idade.
Mais recentemente, em julho deste ano, a Anvisa aprovou resolução retirando o limite de idade para a vacina, que poderá ser aplicada em todas as mulheres que tenham mais de nove anos.
No entanto, para o procurador da República Cléber Eustáquio Neves, autor da ação, "a decisão de fornecer a vacina contra o HPV é temerária, até porque desde que passou a ser aplicada em várias países, mais de dois mil efeitos colaterais foram registrados. O governo japonês, por exemplo, retirou seu apoio para vacinas HPV, em face do relato de inúmeros efeitos colaterais que vão desde de dor, paralisia, alterações do funcionamento do coração, alterações do sistema imunológico, dos sistemas de coagulação do sangue, dos sistemas respiratório, nervoso e digestivo, até dores musculares e infertilidade".
Também em Nova Deli, Índia, o Conselho Indiano de Pesquisa Médica pediu a suspensão do programa de vacinação contra o HPV, devido a quatro mortes que estariam associadas à Gardasil, vacina distribuída pelo laboratório Merck no Brasil.
Nos Estados Unidos, a Gardasil está associada a 61% dos casos de reações adversas graves e a 80% dos casos de invalidez permanente em mulheres com menos de 30 anos de idade. "anto que o FDA, órgão que regula a liberação de medicamentos naquele país, viu-se obrigado a convocar uma audiência com as organizações voltadas para a saúde para apresentação de casos", relata o procurador da República.
No Brasil, o assunto chamou a atenção do Ministério Público Federal a partir da representação feita pela mãe de uma adolescente, que, após receber a vacina, desenvolveu vários problemas de saúde, com sequelas definitivas.
No curso do procedimento instaurado para investigar os fatos, o MPF ouviu um neurocirurgião da cidade de Uberlândia/MG, que relatou a ocorrência, em pacientes que haviam tomado a vacina contra o HPV, de quadros clínicos neurológicos, como esclerose múltipla, neuromielite ótica, mielites, paraplegias, tumor de medula espinhal, lesões oculares, déficit visual, déficit de memória e aprendizado, pseudotumor cerebral e trombose venosa cerebral.
Na opinião do médico, a afirmação de que a vacina previne o câncer é "especulativa", já que ela teve seu uso clínico iniciado em 2006 e o câncer de colo de útero demora cerca de 10 anos para se manifestar. Além disso, segundo ele, os estudos a favor do uso da vacina teriam sido realizados por pesquisadores que recebem honorários do fabricante, o que retiraria a imparcialidade científica dos trabalhos.
"Diante desses fatos, não vimos outra alternativa senão a de ingressar em juízo para impedir que a vacina continue sendo aplicada em todo o território nacional, na rede pública ou privada de saúde", explica Cléber Eustáquio Neves. "Até porque também não existe comprovação cabal de que o HPV cause o câncer de colo de útero".
Isso porque, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), existem mais de 100 tipos diferentes de HPV, sendo que apenas 13 deles podem causar câncer. Ainda de acordo com o INCA, o câncer de colo de útero é um desfecho raro na presença da infecção pelo HPV.
Pedidos
Além da proibição da vacina, o MPF pede a suspensão de qualquer campanha de vacinação, inclusive por meio de propaganda em veículos de comunicação.
Pede também que a Anvisa seja condenada a publicar resolução tornando a aplicação da vacina proibida em todo e qualquer estabelecimento de saúde, público e particular.
O Município de Uberlândia, que é réu na ação juntamente com a União, o Estado de Minas Gerais e a própria Anvisa, deverá recolher todos os lotes do medicamento e devolvê-los ao Ministério da Saúde.
Por fim, o MPF pede a condenação da União e da Anvisa por dano moral coletivo, em virtude de terem disponibilizado "vacina que, de fato, não protege as mulheres contra o câncer de colo de útero". A ação foi distribuída para a 2ª Vara Federal de Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

Inca alerta para crescimento de câncer relacionados à obesidade

Consumo de carne vermelha e embutidos e os excessos no consumo de álcool são alguns fatores que preocupam o instituto


Calefação e obesidade
Obesidade pode levar a vários tipos de câncer
A incidência de tipos de câncer relacionados à obesidade tem gerado preocupação ao Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca), que fez nesta sexta-feira (27) um alerta durante a divulgação das estimativas de novos casos para os próximos dois anos no Brasil.
Apesar de não poder fazer uma comparação com os anos anteriores, por mudanças na metodologia e na base de dados, o vice-diretor-geral do Inca, Luiz Felipe Ribeiro, informou que há uma tendência de crescimento em casos como o câncer de próstata, que é associado à obesidade.
"Um exemplo é o tumor de corpo de útero, que também é associado à obesidade e não entrava nem entre os dez tumores mais incidentes do Brasil. Na última estimativa, estava em oitavo, e, nessa, apareceu em quinto", destacou Luiz Felipe. "Está nos preocupando o crescimento rápido dos tumores ligados à obesidade".
Segundo a estimativa, quase 14 mil casos de câncer de corpo de útero devem ser registrados no país nos próximos dois anos. Outros tipos de câncer, como o de ovário e o cólon-retal, também estão relacionados ao excesso de peso e têm subido posições entre os mais frequentes no país.
Técnica da Divisão de Informação do Inca, Marceli de Oliveira Santos afirmou que o estilo de vida urbano e sedentário, que contribui para a obesidade, principalmente no Sul e Sudeste, pode ser claramente associado ao câncer de cólon e reto. "Ele assume uma posição relevante quando trabalhamos em um ambiente em que o desenvolvimento e a urbanização são mais evidentes."
Se excluído o câncer de pele sem melanoma, a incidência de câncer de cólon e reto no Sudeste é a segunda maior entre homens, com 24,27 casos para cada 100 mil habitantes. No Norte do país, a incidência desse mesmo tipo de câncer é de 5,34 por 100 mil habitantes, e, no Nordeste, de 7,05.
Entre as mulheres, o câncer de cólon e reto é o segundo mais frequente no país, também desconsiderados os de pele não melanoma. Enquanto as regiões Sul e Sudeste têm uma incidência maior que 20 casos por 100 mil habitantes, no Norte são 5,89 casos.
Para o vice-diretor-geral do Inca, é preciso levar o tema para as escolas e impedir que os adolescentes adquiram hábitos alimentares pouco saudáveis e o sedentarismo. "Temos de trazer a temática câncer para capacitação dos professores de ensinos médio e fundamental. Os hábitos nocivos que se instalam na adolescência têm de ser combatidos desde cedo."
O consumo de carne vermelha e embutidos e os excessos no consumo de álcool são outros fatores que preocupam o instituto. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o Brasil já se enquadra entre os países com consumo de álcool médio, com 8,4 litros de álcool puro por pessoa a cada ano. Junto com o tabagismo, o consumo excessivo de álcool tem um fator multiplicativo em casos de câncer, entre eles o de cavidade oral.
Ribeiro acrescentou que o crescimento dos casos de câncer exigirá cada vez mais recursos para os tratamentos, que custam muito mais caro que a prevenção. "Os custos do Ministério da Saúde com oncologia cresceram 45% em quatro anos, chegando a R$ 3,3 bilhões".
Uma tendência que o Inca considera positiva é a queda da mortalidade nos casos de câncer de pulmão, que está relacionada à redução do número de fumantes no país. Entre 1990 e 2013, a população masculina de fumantes caiu de quase 45% para menos de 20%. A feminina, reduziu de pouco mais de 25% para pouco mais de 10%.
"Isso não é fácil. Foi uma construção interministerial da sociedade em que diversos cenários tiveram de ser construídos. Tivemos de construir isso como sociedade. Seria impossível se não fosse uma luta de toda a sociedade. Temos esse programa como modelo para enfrentar os demais desafios."

Planta ajudaria a combater o câncer -Erva de Passarinho

Pesquisa no Mato Grosso tenta confeccionar fitoterápicos contra células cancerosas

O Tempo

Professores e estudantes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), em Cáceres, a 220 km de Cuiabá, desenvolvem uma pesquisa que pretende usar plantas hemiparasitas – mais conhecidas como “ervas-de-passarinho” – para tratamentos alternativos contra alguns tipos de câncer. O trabalho, que já foi publicado em uma revista científica internacional, foi apresentado em um simpósio na Alemanha.
Os responsáveis pelo estudo são pesquisadores do grupo Flora Portadora de Substâncias Bioativas (Flobio), da Unemat. Em entrevista concedida ao portal G1, o professor coordenador do grupo Arno Rieder diz que a equipe aposta na capacidade das plantas de realizar o processo biológico, chamado de “divisão celular”. As espécies seriam utilizadas para confeccionar remédios fitoterápicos que pudessem atuar nas células cancerosas e diminuir os tumores.
Segundo Rieder, muito já se conhece sobre essas plantas em relação ao efeito curativo em outras enfermidades. “A cultura popular nos mostra que existe muito conhecimento acerca da capacidade das ervas-de-passarinho. Algumas espécies da Alemanha já mostraram eficácia quando foram transformadas em fármacos, e nossa ideia é testar as daqui do Brasil”, explica.
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Conhecimento popular está servindo de base para os pesquisadores

“Já entrevistamos pessoas que usam essas espécies como remédio em 20 cidades de Mato Grosso. O que o povo sabe sobre essas plantas nos dão pistas iniciais sobre como proceder os estudos”, afirma.