terça-feira, 24 de janeiro de 2017

arte insight


 Somos feitos à imagem e semelhança, se refere a consciência.
 Foi percebido por médico neurologista.
 O cérebro é esse símbolo, esse atributo da inteligência.
Tudo tem um sentido mais profundo, acaba que criamos uma visão muito superficial das coisas, não paramos pra analisar o seu real sentido... não só na arte, mas de um modo geral...
A imagem pode conter: 3 pessoas, pessoas sentadas

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

"A Última Estação"


 

Próximo do final de sua vida, o escritor russo Liev Tolstoi (1828-1910) renegou praticamente todo o seu trabalho e quis doar seu dinheiro para obras sociais. Pretendia deixar em seu testamento os direitos de suas obras para os pobres da Rússia, e não para os próprios filhos. Renegando suas obras-primas, "Guerra e Paz" e "Anna Karienina", ele entrou em conflito com sua mulher, Sonia, que, não sem razão, queria proteger o patrimônio da família.


Em "A Última Estação", que estreia apenas no Rio nesta sexta-feira, o diretor Michael Hoffman ("Sonho de uma Noite de Verão") narra esses momentos finais da vida do escritor pelo ponto de vista de um jovem contratado para ser secretário de Tolstoi. James McAvoy é esse rapaz, Valenti Bulgakov, que com uma combinação de inocência e curiosidade se vê no meio do embate entre Sonia (Helen Mirren) e o Chertkov (Paul Giamatti), uma espécie de discípulo e manipulador de Tolstoi (Christopher Plummer).

O roteiro, escrito pelo diretor, é baseado no romance homônimo de Jay Parini. Mantendo a essência do romance, mas baixando o tom dos personagens, Hoffman muitas vezes é reverente demais com a grandiosidade das figuras históricas que retrata - especialmente o casal Tolstoi. As interpretações de Helen e Plummer, por outro lado, tentam contornar o halo de inatingível que o filme coloca em torno dos personagens.

Não é apenas Liev que perde o juízo. Sonia também cruza a linha do bom senso tentando defender aquilo que acha certo. Ela enlouquece (ou se finge de louca para conseguir o que quer) a ponto de bater com a cabeça na parede e sair pela casa gritando. Já seu marido definha debaixo do jogo de interesses de Chertkov, enquanto Bulgakov assiste a tudo impotente.


Através do filme, conta-se muito sobre os interesses de Tolstoi e sua vontade de ajudar os camponeses, mas pouco sobre quem são essas pessoas e as razões de ele querer ajudá-las. Assim sendo, as ideias fraternais dele parecem coisa de um pré-hippie sonhador - ou, pelo visual de Plummer no filme, pode-se pensar até numa espécie de Papai Noel russo.

Em "A Última Estação", a Tolstoi são negadas dignidade e inteligência, e, acima de tudo, sua percepção do mundo. Se o verdadeiro escritor fosse tão ingênuo quanto o personagem diante da pobreza e corrupção que o cercava, ele provavelmente jamais teria escrito algo do porte de "Guerra e Paz".

Não é raro quando grandes figuras históricas se transformem em personagens de cinema um tanto desumanizados, sejam herois, mártires ou o que convier. Aqui não é muito diferente. O excesso de zelo de Hoffman por seus personagens, na maior parte do tempo, impede que ele se aprofunde nas contradições e fraquezas que sublinham a condição humana dessas pessoas.

Apesar disso, Plummer e Helen, ambos indicados ao Oscar por esse filme no ano passado, conseguem, boa parte do tempo, romper essa barreira entre o sacro e profano, o real e o idealizado. Quando ela faz malabarismos para ouvir conversas e cai, a atriz nos faz lembrar que Sonia, como todos nós, é cheia de fragilidades e comete erros - mesmo que sejam por uma boa causa. É exatamente essa contradição que, às vezes, falta ao filme.



Nenhum texto alternativo automático disponível.

bioritmo



Pesquisa indica que o melhor dia para o sexo é quinta-feira

De acordo com o estudo, nesse dia da semana os hormônios estão mais acentuados para a prática

Você sabia que quinta-feira é o melhor dia para fazer sexo? E que a noite de quarta-feira é a melhor aposta para encontrar o amor da sua vida? Pelo menos é o que diz um estudo realizado pela Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres, que revelou que cada dia da semana é perfeito para certos tipos de atividades, desde fazer sexo até conseguir um aumento de salário.

Confira abaixo a lista dos dias da semana com as atividades sugeridas:

Segunda-feira


Ao contrário do que se pensa, a pesquisa revelou que esse é o melhor dia para desestressar. Encontre um tempinho para relaxar, pois segundo um estudo do British Medical Journal, neste dia da semana o nível de estresse sobe por ser o de retorno ao trabalho depois de um fim de semana de descanso.

Terça-feira


Melhor dia para resolver assuntos, pois a terça-feira é mais produtiva. Um estudo realizado pela Sociedade Americana de Psicologia Industrial e Organizacional diz que o lado esquerdo de nosso cérebro domina o pensamento no início da semana, sendo mais útil para a rotina de trabalho.

Quarta-feira


Melhor dia para encontrar um amor. Este é ideal para um primeiro encontro, segundo uma pesquisa feita com 8 mil pessoas. Dessas 40% se deram bem nesse dia da semana.

A quarta-feira também é um bom dia para pedir um aumento: os chefes são mais receptivos a pedidos desse tipo neste dia da semana.

Quinta-feira


O cortisol, além de ser a substância liberada durante os picos de stress, ele também estimula os hormônios sexuais, sendo na quinta-feira ele atinge o seu ápice.



Nenhum texto alternativo automático disponível.

Sexta-feira


Melhor dia para deixar de fumar. Segundo pesquisa, tentando parar de fumar neste dia, você pode sobreviver às tentações do fim de semana. Isto é porque os primeiros dias são quando sua vontade é mais forte.

Sábado


Melhor dia para ter um bebê. Os sábados são melhores se você quiser que seu filho seja um vencedor mostra uma pesquisa do Office for National Statistics. Segundo o estudo, crianças nascidas neste dia têm uma melhor chance de se tornar primeiro-ministro. De 21 primeiros ministros desde 1900, seis nasceram em um sábado.

Domingo


Melhor dia para comer fora. Segundo uma pesquisa, preparar o almoço em casa no domingo pode ser muito estressante.

documentário para começar o ano

 


Cineasta finge ser guru indiano e produz uma comovente comédia


O cineasta americano Vikram Gandhi fez um documentário que serve de ponto de partida para reflexões sobre a religião e a necessidade que a maioria das pessoas tem de acreditar em algo extraordinário, que esteja além dos limites da condição humana.

Ghandhi se passou por sábio indiano que realizava o ritual da “luz azul” – inventado por ele. O projeto inicial do documentário era mostrar o negócio em que se transformou a yoga, banalizando-se por intermédio de gurus que surgem a todo instante.

Quando começaram as gravações, Ghandhi teve a ideia de fazer o papel de um homem santo e se tornou em uma espécie de Borat, o personagem criado pelo humorista britânico Sacha Baron Conhen que viajou pela Inglaterra e Estados Unidos como se fosse o segundo melhor jornalista do Cazaquistão.

Para se transformar no sábio indiano Kumaré, Gandhi se preparou durante três anos. Teve encontros na Índia com gurus, assimilou o sotaque de seu avô indiano, estudou yoga, deixou os cabelos e a barba crescerem e se mudou para uma região do Arizona, onde não tardou em ter seguidores.

O documentário Kumaré acaba de ser lançado nos Estados Unidos. De acordo com a crítica, a crença das pessoas no falso guru dá o tom da comédia. Um dos críticos observou que Kumaré é um filme fascinante porque às vezes é muito engraçado e outras, muito preocupante.

Diferentemente de Borat, que interagiu com racistas, antissemitas e homofóbicos, o guru Kumaré se relacionou com pessoas aflitas cuja esperança, muitas vezes, residia tão somente em sua própria credulidade.


Por isso, Gandhi (foto) durante as filmagens teve conflitos morais, principalmente quando a sua “religião” começou a atrair um número crescente de seguidores. É o que explica ele ter poupado no documentário pessoas como um viciado de crack que tentava se recuperar e uma jovem que lutava para salvar o seu casamento. A comédia, assim, em determinados momentos se torna pungente e melancólica.

Durante suas pregações, Kumaré dizia aos seus seguidores que era portador de uma verdade que afetava todos ali e que um dia era seria revelada. Os seguidores, obviamente, acreditavam ser algo ligado ao transcendente.

Um dia Kumaré contou a tal verdade: ele era uma farsa, um ator interpretando um guru para uma filmagem.

Em março, o documentário ganhou o prêmio do público do SXSW Film Festival 2011 e tem estado na pauta de publicações como o jornal Time. 



Nenhum texto alternativo automático disponível.

Gandhi admitiu que o documentário o abalou, mas conseguiu provar o que suspeitava: nenhum líder espiritual é mais santo do que qualquer pessoa comum.

Com informação de site do documentário, do Times e de sobre filmes.






teaser





Sobre amor - mais gotas de pensamentos.....

 


O que é o amor, afinal??


Amizade, tolerância, interdependência, tesão, necessidades diversas uns dos outros???


#WanjinGim
Instagram media by artevue_ - Amazing #portrait by #WanjinGim

As pessoas que convivem juntas, que moram juntas, invariavelmente se arranham, se estranham, se machucam, se ofendem num momento ou no outro, porquê cada pessoa, por mais afinidades que tenha com outras, é única, um universo a parte, e considero que esse processo seja natural, quando não é intencional.
Diferentemente de quando uma ou mais pessoas se dirigem umas às outras de forma arrogante, ríspida, agressiva com o propósito intencional de agredi-las e magoá-las, com a intenção clara de ferir, de diminuir.

Essas atitudes são mesquinhas e só empobrecem tanto a convivência (que pode inclusive ser rompida, quando poderia ser fortificada), quanto as pessoas que as praticam. Sim, porquê a Física já comprovou a lei da ação e reação em todos os níveis do conhecimento, não é mais "balela" de esotérico ou sermão de evangélico. É científico. A nossa vida é uma consequência de reações desencadeadas pelas nossas ações, em tempos diversos.

Quem planta feijão, se colher alguma coisa, será feijão, e não arroz. Só que até que o feijão cresça, quem plantou pode esperar colher qualquer coisa, achando que pode fazer o que quer impunemente. Ou seja, plantar qualquer coisa querendo colher coisas específicas.....Temos que plantar exatamente o que queremos colher, e nada no mundo nos dá o direito de tratar nenhum ser humano com tirania, independente da origem, classe social, grau de parentesco ou amizade ou da ausência destes, de preferências, gêneros e personalidades. Só porquê não são somente os outros que possuem defeitos e nós as qualidades.

O fato de sermos humanos pressupõe que todos temos defeitos e virtudes. O que vai se sobressair mais, é o que alimentarmos mais, mas nem assim as virtudes eliminarão os nossos defeitos. A questão é de caráter e maturidade.

E esse meu desabafo é para a humanidade de um modo geral, desde os mais próximos em termos de vínculos, até aqueles opressores que eu jamais conhecerei, é para todos os povos, para que não sejam intolerantes pq são diferentes, os interesses de quem alimenta e fomenta isso é de origem econômica, e só.

A questão é interesse e conveniência, e se deixamos que esses sentimentos tomem conta de nós, então sequer humanos estaremos sendo.


Telma Cassillo, 16/12/2011


A imagem pode conter: atividades ao ar livre

Origem da palavra Snob



A Universidade de Oxford, na Inglaterra, era o estabelecimento de ensino preferido pelos nobres para a educação de seus filhos.

Contam que ali havia um professor que fazia uma severa distinção entre os alunos pertencentes à aristocracia e os que descendiam da classe burguesa. Na lista dos alunos, esse professor, para dar o tratamento a cada um, de acordo com a sua origem, costumava escrever, com letra miudinha, depois do nome dos alunos plebeus, esta anotação: "S.nob.", que era a abreviação das palavras latinas "Sine nobilitate", isto é, sem nobreza.

Esta é a origem da palavra "snob", que se emprega em muitos idiomas para qualificar um indivíduo que se quer dar ares de nobre, sem sê-lo".

Another amazing ceramic work by   #JohnsonTsang

Instagram media by artevue_ - Another amazing ceramic work by #JohnsonTsang

a inteligencia coletiva é uma forma de transcendência dos limites do eu , ou uma nova forma de ditadura....



O modelo de inteligência coletiva descentraliza decisões e garante a eficiência

Uma formiga sozinha não é inteligente. Mas várias juntas, formando uma colônia, sim. Para Peter Miller, da National Geographic Magazine, uma das razões para o sucesso desses insetos - infalíveis nas tarefas de defender o formigueiro e trazer comida para a casa - é que em sua comunidade não há castas nem lideranças. Todas as formigas se revezam no mesmo trabalho para o bem comum. "É a inteligência coletiva", define Miller.

Esse modelo é replicado em várias empresas. "Algumas companhias descentralizaram decisões nas áreas operacionais e ganharam eficiência", garante Miller. Os formigueiros também ajudaram a melhorar a logística de vários grupos.

Um bom exemplo é a distribuidora de gás Air Liquide, que criou o conceito de "feromônio" virtual. O feromônio é uma substância exalada pelas formigas para indicar a melhor rota de comida a outra companheira de colônia. Na versão virtual, funciona assim: a partir de informações dos próprios distribuidores da Air liquide, é feita uma análise das melhores rotas e de percursos alternativos. Um computador seleciona essas dicas e passa para um sistema GPS, que indica o caminho ideal a ser trilhado pelo próximo caminhão. "Com isso, a Air Liquide economizou milhões de dólares", anota Miller.


Nenhum texto alternativo automático disponível.

O Pessimismo dos Gregos

Os gregos sentiam que o mundo não tinha qualquer finalidade. A sua criação não era atribuída a qualquer deus. A matéria de que era feito sempre existira e obedecia às leis que lhe eram próprias. 
Os deuses pouco ou nada podiam fazer para contrariar esta realidade. 

Como os homens também eles estavam submetidos aos mesmos ciclos da natureza: nasciam, sofriam e desapareciam quando terminava o ciclo do eterno retorno. Afastados no mundo humano, pouco mais eram do que objetos estéticos. Nenhum deus está em condições de assegurar aos homens a paz ou a felicidade.
Estes estão entregues a si próprios, restando-lhes apenas viverem com sabedoria a vida, gozando o presente. Depois espera-os o horror do Hades, lugar de trevas e de silêncio, donde voltarão para reencarnarem um novo corpo, sofrerem e voltarem a morrer.

"Entre todos os seres que sobre a terra respiram e se movimentam, nenhum é mais infeliz do que o homem".
Homero, Odisseia.


Nietzsche coloca duas questões fundamentais às quais vai procurar responder ao longo de toda a obra.


Qual a razão porque um povo que valoriza tanto a razão, a ordem e o controlo das paixões, teve necessidade de criar uma arte, como a tragédia, onde se expressa o irracional, o misterioso ?

Como deve o homem encarar o sofrimento, a crueldade, a dor e o horror que caracteriza a história da humanidade ?

É possível dar algum sentido a esta história ?

O sofrimento e o horror são inerentes à própria condição humana?


A imagem pode conter: atividades ao ar livre

ALBERTO CAEIRO

 SOU UM GUARDADOR DE REBANHOS,O REBANHO SÃO MEUS PENSAMENTOS, E OS MEUS PENSAMENTOS SÃO TODOS SENSAÇÕES.
PENSO COM OS OLHOS E OS OUVIDOS,E COM AS MÃOS E COM OS PÉS, E COM O NARIZ E A BOCA... PENSAR UMA FLOR É VE-LA E CHEIRA-LA E COMER UM FRUTO É SABER-LHE O SENTIDO... POR ISSO QUANDO NUM DIA DE CALOR ME SINTO TRISTE DE GOZÁ-LO TANTO.
E ME DEITO AO COMPRIDO NA ERVA, E FECHO OS OLHOS QUENTES, SINTO TODO MEU CORPO DEITADO NA REALIDADE, SEI A VERDADE, É SOU FELIZ. 

ALBERTO CAEIRO


A imagem pode conter: uma ou mais pessoas


PAZ PEACE 


a ética e a moral da história


A verdadeira moral da história

O segredo do sucesso dos contos de fadas é o seu poder de estimular nosso inconsciente. Entenda as entrelinhas psicológicas dos clássicos que mexem com crianças e adultos

Era uma vez uma aldeia onde os moradores passavam as noites contando e ouvindo histórias. As preferidas eram aquelas com enredos fabulosos, mas que despertavam sensações reais, confusas, secretas. Ao redor do fogo circulavam contos sobre bruxas e princesas, belas e feras, meninas e lobos, onde sobravam fome, medo, vingança e morte. E ao final, nem sempre feliz, alguém sempre pedia: “Conte outra vez”.

Em aldeias como essa, de histórias como essas, surgiram os contos de fadas (batizados por uma senhorinha francesa insensível ao fato de que a maioria nem fada têm). Os originais medievais eram destinados a ouvintes de todas as idades, mas, uma vez eleitos favoritos da infância burguesa, foram sendo sucessivamente amenizados até chegarem às atuais versões “censura livre”.

Essas narrativas são um patrimônio abstrato da humanidade, passado adiante via voz, livros, rádio, TV, internet – e, para quem está na faixa dos 30, vinis coloridos. “Isso é absolutamente surpreendente num mundo cada vez mais mutante”, afirma o casal Diana Lichtenstein Corso e Mário Corso no livro Fadas no Divã, onde fazem uma análise psicológica das histórias infantis. “Como esses restos do passado vieram parar nas mãos da crianças de hoje?”, perguntam os psicanalistas.

Nos anos 70, o austríaco Bruno Bettelheim emplacou a tese de que os contos que sobreviveram são aqueles que mais mexem com o inconsciente de narradores e ouvintes. Uma seleção natural favoreceu as histórias que reverberam na mente, que trazem nas entrelinhas questões emocionais, sexuais, familiares, universais. 

“No conto de fadas, o paciente encontra soluções analisando as partes da história que dizem respeito a seus conflitos”, escreve em A Psicanálise dos Contos de Fadas. Preservamos a história de Chapeuzinho não porque ela ensina a ter cuidado com estranhos, mas pelos sentimentos estranhos que ela provoca.
Nas próximas páginas, mostramos que a interpretação de clássicos como Branca de Neve, Patinho Feio e Cinderela pode ser reveladora, tanto para quem já perdeu o medo do lobo quanto para quem ainda espera pelo príncipe encantado.
Chapeuzinho Vermelho

Versão condagrada - A pedido da mãe, uma menina deve atravessar um matinho sinistro pra levar comida até a casa da vó doente. No caminho, Chapeuzinho é abordada por um lobo, que lhe indica um desvio longo enquanto pega um atalho até a casa da velhinha e a devora sem dó. Chegando lá, Chapeuzinho trava um diálogo recheado de duplos sentidos e também é comida. Eis que um caçador salva o dia, tirando avó e neta da barriga do lobo.

Outra história - Na versão compilada por Perrault em 1697, a menina e a velhinha morriam. Foram os Grimm, que, 160 anos depois, tiraram o caçador do chapéu. O final varia, mas mantém-se o sugestivo diálogo que começa com “pra que esses olhos tão grandes?” e termina com “pra te comer melhor!” Existe uma versão anterior à tradicional, que inclui canibalismo (a menina bebe o sangue e come a carne da avó), strip-tease e até sugestão de golden shower. 
Sim, o lobo pede que a menina urine sobre ele.
Interpretação - Uma questão recorrente é por que Chapeuzinho dá trela ao lobo? “Ela é uma criança com a ingenuidade de quem não sabe sobre o sexo. Ela pode não saber que jogo está sendo jogado, mas é inegável seu interesse em participar”, escrevem os autores de Fadas no Divã. 

Esse caminho interpretativo leva ao campo minado da sexualidade infantil. Segundo Freud, nossas primeiras experiências sexuais são encobertas por uma espécie de amnésia que vai até os 6 ou 8 anos. A história teria sobrevivido por usar símbolos que nos fazem pensar nessa questão. Ou seja: o conto não fala apenas sobre o perigo do desconhecido, mas sobre a perda da inocência.
Para maiores -
No sexo, há adultos que agem como uma menina diante de um lobo. “Quando a vida lhes impõe um papel sexual, vão oferecer o que têm: sua ingenuidade. Ser uma assustada Chapeuzinho é até onde vai a sexualidade de quem não quer saber nada do assunto”, escreve o casal Corso.

Branca de Neve
Versão consagrada Sentenciada à morte por ser mais bela que a madrasta, Branca escapa e é acolhida por 7 anões. Mas a megera não sossega: disfarçada de bruxa, encontra a rival e lhe dá uma maçã envenenada. A jovem entra em coma, mas o beijo de um príncipe lhe devolve a vida. A madrasta é punida com a morte.
Outra história - 
Apenas no filme da Disney os anões ganharam personalidades distintas.

Interpretação - Em contos de fadas, madrasta é apenas um nome feio para mãe – neste caso, uma mãe que inveja a filha que vira mulher enquanto ela envelhece. Repare: o conflito só começa depois que o espelho informa que a madrasta não é mais a nº 1 do reino – a identidade feminina da adolescente Branca de Neve já está em construção. 

E a obra se completa com um leve toque de machismo: assim como a Bela Adormecida, ela só conquista o príncipe semimorta – ou seja, inerte, quietinha, comportada, como se espera de uma boa moça.
Para maiores - Todo namorado tem um pouco de “espelho, espelho meu”, constantemente requisitado a confirmar que, sim, a parceira é a mais linda e, não, não existe mais ninguém. E que ele a ama. Pra sempre. De verdade.

Patinho Feio

Versão consagrada - Banido do ninho por deficiência estética, o Patinho enfrenta doses variadas de rejeição administradas por humanos e animais. Ao final, entre iguais, descobre que não era um pato feio, mas um lindo cisne.

Outra história - Diferentemente da maioria dos contos de fadas, compilados do folclore europeu, este é uma criação do dinamarquês Hans Christian Andersen (1805-1875).
Interpretação - O mérito do conto é mexer com o senso de deslocamento comum a toda criança. Todo mundo, em algum momento, sente que está no lugar errado, seja a família, seja a escola, a turma, o mundo. Por outro lado, permite aos pais viver na ficção o pavor de ter o filho surrupiado.

Para maiores - Alguns carregam o “complexo de patinho feio” para além da infância, achando-se eternamente rejeitados e deslocados. Especula-se inclusive que Andersen tenha feito o conto refletindo seus problemas de auto-estima.


João e o Pé de Feijão
Versão consagrada - Em vez de vender uma vaca como sua mãe pediu, João topa com um açougueiro/engenheiro genético e troca a mimosa por feijões mágicos. Leva um esporro, mas as sementes crescem até o céu, onde João encontra um gigante, de quem rouba vários tesouros. Durante perseguição ao meliante, o grandão cai lá de cima e morre. 
João e a mãe vivem ricos e felizes para sempre.

Outra história - Na primeira versão (1807), João sobe aos céus para vingar o pai, um cavaleiro morto pelo gigante.
Interpretação - Cavaleiro, açougueiro, gigante: todos são faces do mesmo pai. 

A trajetória de João reflete o processo natural (mais para homens, menos para mulheres) de assimilar características e desejos da figura paterna na construção da própria personalidade – inclusive se distanciando um pouco da mãe.
Para maiores - Há caçulas que passam a vida tratando irmãos mais velhos como gigantes – para o bem e para o mal.


O Príncipe Sapo
Versão consagrada - Uma princesa mimada maltrata um sapo e é obrigada a dividir cama e mesa com o batráquio. Depois de um tempo, ela acaba caindo pelos encantos do bicho. E, assim que os dois se beijam, num passe de mágica, ele vira um príncipe.
Outra história A versão original não tem beijo: o sapo se transforma após ser jogado na parede.

Interpretação - Diferentemente de histórias que terminam no casamento, esta e A Bela e a Fera lidam com o complexo “depois”. O nojinho da princesa com o ser viscoso pode simbolizar o incômodo das crianças com o sexo, ou simplesmente com relacionamentos fora da família – ambos redimidos ao final do conto.

Para maiores - Essa princesa é da linhagem das “megeras domadas”, que esperneiam, mas ao fim se submetem ao papel passivo reservado a elas.
Cinderela
Versão consagrada - A madrasta e as meias-irmãs de Cinderela lhe delegam o trabalho doméstico, na esperança de que o batente a embarangue. Mas chega o baile real. Repaginada por fadas, Cinderela brilha e conquista o príncipe, que guarda da noite um sapatinho de cristal, abandonado pela bela enquanto fugia em desabalada corrida. O príncipe sai calçando todas em busca da dona do sapato, até dar com o pé de Cinderela e ambos viverem felizes para sempre.

Outra história - Há versões em que as irmãs invejosas são cegadas por aves amigas de Cinderela.
Interpretação - 

Na superfície temos a fantasia dos adolescentes de que a sua vida não pode ser a real: existe um destino melhor, que lhe pertence e que lhe foi roubado, simbolizado na história pelo príncipe. “Essa história permite uma empatia imediata de qualquer filho, já que cada um se sentirá demasiado injustiçado e exigido, assim como pouco amado.
Acreditamos que daí provém seu sucesso”, escrevem Diana e Mário Corso. “Onde houver irmãos, haverá desigualdade de fato ou a suposição de que ela existe.” Como costuma acontecer, a figura materna é multifacetada: é a mãe bondosa que foi, a madrasta exigente e a fada que inspira sonhos. Quanto àquele sapatinho, sim, ele pode ser interpretado como um traço de fetichismo, uma dica precoce de que alguns elementos podem valer muito no jogo da sedução.

Para maiores - “A história de Cinderela é constantemente reciclada, em séries como Sex and the City e boa parte das comédias românticas”, diz Maria Tatar, folclorista da Universidade Harvard e autora de Contos de Fadas: Edição Comentada e Ilustrada.

A personagem também une fantasias masculinas geralmente conflitantes: a princesa para casar e a serviçal para... bem, servir. “Cinderela persiste na fantasia feminina. Independentemente da mulher forte e capaz que ela se mostre no mundo, Cinderela será a que, na intimidade, se disponha a brincar de esconde-esconde”, afirmam os autores de Fadas no Divã.

por Texto Emiliano Urbim

Nenhum texto alternativo automático disponível.

luminosamente....

Quem está ao sol e fecha olhos, 
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e Vê o sol,
E já não pode pensar em nada, 
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos.


Alberto Caeiro.


Nenhum texto alternativo automático disponível.

Poesia é alimento: há de se estocar para os tempos de seca. 
Luana dos Santos Dias

o real e seu imaginário ....

"A vida é como um espelho: 
Se sorrio, o espelho me devolve o sorriso. 
A atitude que tomo frente à vida, é a mesma que a vida tomará diante de mim." 
"Quem quer ser amado, que ame".

Mahatma Gandhi


Nenhum texto alternativo automático disponível.

BUDDHAM SARANAM GACCHAMI - 
Mantra of Refuge - CHILDREN BEYOND



Era Vitoriana

O Culto da Beleza: 


A Vanguarda Vitoriana , 1860–1900 é a primeira grande exposição a explorar a criatividade não convencional do Movimento Estético Britânico, traçando a evolução deste movimento a partir de um pequeno círculo de artistas progressistas e poetas, através das realizações de pintores inovadores e arquitetos, e o seu amplo impacto na moda e nas casas de classe média.

Nenhum texto alternativo automático disponível.

Roupa Feita de Leite

 Roupa Feita de Leite sustentável com base em pesquisa e inovação


Sim, roupas de leite! Essa é a mais nova ideia da bióloga e designer alemã, Ande Domaske, de 28 anos.

E o melhor: ela garante que usa apenas o leite azedo, que já seria descartado pelas indústrias alimentícias por estar abaixo do padrão exigido.

Assim, a moça conseguiu aproveitar resíduos que antes iriam para o lixo e ainda chegou a um tecido suave, que tem uma textura muito parecida com a da seda.

“O leite não é muito valorizado porque as pessoas o vêem apenas como alimento”, diz a designer. “Mas você pode fazer muito com ele, é uma matéria-prima maravilhosa. O que há de mais especial nesse material é a sua adorável textura sedosa. Os tecidos feitos de leite caem maravilhosamente bem e são mais baratos do que a seda”.

Ela ainda garante que as roupas podem ser lavadas normalmente e são muito fáceis de cuidar. E vê a descoberta como uma alternativa ao uso do algodão, que muitas vezes exige o uso de pesticidas e adubos químicos que agridem o meio ambiente para ser produzido.

Cada peça feita com o novo tecido deve ser vendida por 150 a 200 euros.
A tecnologia associada à imaginação tem gerado bons resultados para uma vida mais sustentável. Novos produtos, novos conceitos e novas formas de gerar e gastar energia têm movimentado o mundo e aberto os olhos das pessoas para uma nova postura social, mais responsável, consciente e prática.

Com o vestuário não poderia ser diferente. Tecidos inteligentes, reciclados e fibras naturais chegam às prateleiras com mais frequência, mudando o olhar do consumidor para um olhar de conhecedor. Um exemplo foi dado pela designer Dolores Piscotta.

Manteiga, leite e queijo. O que mais pode ser feito com leite? Com criatividade, tecnologia, meias e blusas! Conheça o trabalho inovador de uma designer que trabalha com tecido produzido a partir das fibras do leite de vaca.


Nenhum texto alternativo automático disponível.


"É quase igual ao nylon ou seda, mas é puro leite", diz Piscotta. A colecção criada pela designer tem roupas e acessórios, disponíveis para venda no sitehttp://dolorespiscotta.com/cart/, feitos com o especial tecido, que é conseguido através de um processo químico.

Para criar a fibra, o leite líquido é desidratado e as suas proteínas são extraídas e em seguida dissolvidas numa solução. Para finalizar, estas proteínas são colocadas numa máquina que as une, transformando-as num extenso fio.

São necessários cerca de 100 quilos de leite desnatado para fazer 3 quilos da fibra, razão pela qual o tecido não rasga. No entanto, o material tem potencial: não possui corantes, permite maior respiração da pele, contém aminoácidos benéficos para quem o usa e é tão confortável e elegante quanto a seda.


E aí, ficou com vontade de experimentar?



fashion made from milk







vontade de ser

Um rapaz trabalhava como mensageiro numa agência de publicidade.
Um dia disse ao seu gerente: "Estou saindo. Vou ser baterista".
O gerente disse: "Eu não sabia que você tocava bateria."
Ele respondeu: "Não toco, mas vou tocar."
Poucos anos depois aquele jovem tocava com Eric Clapton e Jack Bruce numa banda que se chamava Cream, e o nome do jovem era Ginger Baker. Tornou-se o que queria ser antes de saber que era capaz de fazê-lo.
ELE TINHA UMA META !
in: Tudo o que você pensa, pense ao contrário

Nenhum texto alternativo automático disponível.