Olá, Sonia.
É hoje o dia!
Ao final de um ano marcado por ondas de calor, tempestades, inundações, alagamentos, poluição do ar e ciclones, começa a COP 28 - Conferência do Clima das Nações Unidas.
É justamente em Dubai, nos Emirados Árabes - uma das capitais do luxo, da riqueza e do petróleo - que cerca de 200 países se reúnem para discutir como enfrentar a emergência climática: o maior desafio do século e de nossas vidas.
Entre as muitas medidas a serem tomadas, uma delas é imprescindível: as nações precisam chegar a um acordo para reduzir progressivamente a produção de combustíveis fósseis.
Em números absolutos, esta diminuição tem que alcançar 43% em 2030, 60% em 2035 e 100% até 2050.
Mesmo com riscos tão graves e conhecidos, os 20 maiores produtores de petróleo do mundo - entre eles o Brasil, que ocupa a 9ª posição - não parecem muito interessados em colaborar.
Pelo contrário: só pensam em ampliar a exploração. É o nosso caso, com a pressão para vasculhar novos poços de petróleo na Bacia do Rio Amazonas. Uma tragédia, para dizer o mínimo.
Lula chega à COP com a promessa de que o Brasil assumirá a liderança climática global. Para isso, presidente, é preciso cumprir a palavra: declare a Amazônia como uma área livre de petróleo.
Por favor, Sonia, amplie nosso grito a favor da vida e de um futuro mais verde e justo. Cobre o governo e junte-se ao nosso abaixo-assinado "Petróleo na Amazônia Não!"
O Greenpeace Brasil já está em Dubai para acompanhar as negociações. Em nossa agenda, algumas das pautas prioritárias são a transição energética justa e o financiamento para estratégias de adaptação nas cidades.
Lembra que eu falei sobre vivermos o maior desafio do século? Pois então, ele pode ser mais complexo do que imaginávamos - e olha que sabemos há tempos das dificuldades.
Caso ações concretas e ambiciosas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa não sejam tomadas, podemos superar o aumento de 2ºC antes de 2050, uma verdadeira catástrofe.
Em outras palavras, a vida na Terra, como a conhecemos, pode ser cada vez mais difícil, com novos eventos climáticos extremos acontecendo com mais intensidade e com mais frequência.
Há muito a ser feito, e o principal é um acordo de redução progressiva na produção de combustíveis fósseis até 2050.
As nossas mangas estão arregaçadas e falamos um pouco sobre esse assunto aqui neste vídeo.
Se você também sabe que os combustíveis fósseis são os maiores vilões do aquecimento global, por favor participe do nosso abaixo-assinado. Não leva nem 5 minutos!
Seguimos conversando, sempre com notícias fresquinhas direto de Dubai.
Lais Modelli
Greenpeace Brasil
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