"Se as pessoas não tiverem vínculos profundos com sua memória ancestral, com as referências que dão sustentação a uma identidade, vão ficar loucas neste mundo maluco que compartilhamos".
Ailton Krenak, no livro "Ideias para adiar o fim do mundo"
Olá, Sonia.
Amanhã, dia 20, um capítulo importantíssimo da história do Brasil promete ser escrito.
De manhã, a bancada ruralista vai tentar avançar com o projeto de lei do Marco Temporal no Senado. O tema está na pauta de votação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), às 9h30.
Já de tarde, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) podem decidir não apenas o futuro da população indígena brasileira, como também o tipo de país que queremos.
A tese do Marco Temporal não existe na Constituição; pelo contrário, é uma tentativa de usurpar territórios que, por direito e ordem de chegada, pertencem aos povos originários.
Afinal, não custa lembrar: eles aqui estão há milhares de anos, muito antes da invasão portuguesa.
É preciso interromper definitivamente mais essa agressão, Sonia.
O Greenpeace Brasil já recebeu quase 500 mil assinaturas em sua petição pela rejeição do Marco Temporal.
Para superar este número até amanhã, precisamos de você. Por favor, assine e compartilhe com três pessoas.
Até agora, o placar está em 4x2 pela rejeição do Marco Temporal. Com mais dois votos contrários, a maioria estará formada e a vitória, garantida.
Como comentamos, a ameaça vem também do Congresso Nacional. O Projeto de Lei 2903 (ex-490) tramita no Senado e a bancada ruralista não esconde o interesse em avançar com a proposta.
O Marco Temporal alega que os indígenas só têm direito às áreas que ocupavam até 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. Um absurdo jurídico, humanitário, ambiental e climático.
"Uma eventual aceitação da tese do Marco Temporal pelo STF impõe um automático não reconhecimento de que os povos indígenas têm direito originário aos seus territórios e que, na maioria dos casos, foram expulsos à bala de seus territórios. Além de trazer profunda insegurança jurídica para o reconhecimento e demarcação das terras indígenas, a aprovação dessa tese legaliza toda a barbárie cometida contra os povos indígenas ao longo dos últimos 500 anos", alerta Danicley de Aguiar, porta-voz do Greenpeace Brasil. |
Sonia, precisamos da sua assinatura para mostrar que a sociedade brasileira não vai tolerar esse retrocesso. Leva menos de 2 minutos e faz toda a diferença!
A nossa identidade depende da nossa memória ancestral. Não deixemos que tirem isso de nós.
Muito obrigada,
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