EVOLUÇÃO
Toda linguagem humana tem como origem a África
SÃO PAULO. Uma pesquisa publicada pela "Science" mostra que a origem da língua falada está na África. Já se sabia que o homem moderno surgiu no continente e, com esse estudo, vem a hipótese de que existe uma relação entre os dois aspectos.
"As línguas se espalharam da mesma maneira que nós expandimos. Não levamos só os nossos genes, levamos a língua também", afirmou Quentin Atkinson, professor da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, autor da pesquisa.
"Uma hipótese para a razão pela qual conseguimos expandir tão rapidamente a partir da África é que a língua complexa foi uma inovação, uma vantagem real para nós, permitindo que cooperássemos e nos coordenássemos em grupos, mais que qualquer outro hominídeo", explicou.
Embora não possa afirmar com certeza, ele calcula que as línguas complexas tenham surgido entre 50 mil e 70 mil anos atrás.
A pesquisa diz que a origem das línguas faladas é a África Subsaariana. Já as línguas consideradas mais recentes são as da região da Polinésia e as originais da América do Sul, como o Tupi e o Guarani.
Para rastrear as origens da língua falada, Atkinson aplicou na linguística um conceito da genética chamado "efeito fundador em série". "Quando há uma expansão, uma população pequena se separa e vai para outro território. Quando ela faz isso, leva junto apenas uma parte da diversidade da população original. Isso pode acontecer muitas e muitas vezes, e é chamado de ‘efeito fundador em série’", definiu Atkinson.
Em vez de genes, a pesquisa analisou fonemas em busca das línguas que apresentassem maior diversidade de sons, fossem eles vogais, consoantes ou tons - variação de fala que não existe em português e é usada, por exemplo, no mandarim. Pelo "efeito fundador em série", as línguas que apresentassem mais diversidade estariam mais próximas do ponto de origem, e vice-versa. Na pesquisa, foram analisadas 504 idiomas selecionadas através de critérios geográficos.
"As línguas se espalharam da mesma maneira que nós expandimos. Não levamos só os nossos genes, levamos a língua também", afirmou Quentin Atkinson, professor da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, autor da pesquisa.
"Uma hipótese para a razão pela qual conseguimos expandir tão rapidamente a partir da África é que a língua complexa foi uma inovação, uma vantagem real para nós, permitindo que cooperássemos e nos coordenássemos em grupos, mais que qualquer outro hominídeo", explicou.
Embora não possa afirmar com certeza, ele calcula que as línguas complexas tenham surgido entre 50 mil e 70 mil anos atrás.
A pesquisa diz que a origem das línguas faladas é a África Subsaariana. Já as línguas consideradas mais recentes são as da região da Polinésia e as originais da América do Sul, como o Tupi e o Guarani.
Para rastrear as origens da língua falada, Atkinson aplicou na linguística um conceito da genética chamado "efeito fundador em série". "Quando há uma expansão, uma população pequena se separa e vai para outro território. Quando ela faz isso, leva junto apenas uma parte da diversidade da população original. Isso pode acontecer muitas e muitas vezes, e é chamado de ‘efeito fundador em série’", definiu Atkinson.
Em vez de genes, a pesquisa analisou fonemas em busca das línguas que apresentassem maior diversidade de sons, fossem eles vogais, consoantes ou tons - variação de fala que não existe em português e é usada, por exemplo, no mandarim. Pelo "efeito fundador em série", as línguas que apresentassem mais diversidade estariam mais próximas do ponto de origem, e vice-versa. Na pesquisa, foram analisadas 504 idiomas selecionadas através de critérios geográficos.
Quando um grupo se separa e migra, leva consigo parte da cultura
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