terça-feira, 19 de julho de 2011

Mineira cria banco para emprestar a partir de R$500

Mineira cria banco para emprestar a partir de R$500
Com novo conceito colaborativo, instituição terá juros de 4% ao ano  HELENICE LAGUARDIA


O Banco Colaborativista Ada Digital (BCAD) não é apenas mais uma instituição no concentrado mercado financeiro de grandes marcas. Com juros de 4% ao ano para financiamentos de vários tamanhos, a partir de R$ 500, o banco concebido pela mineira Ada Lemos começa a operar a partir de julho, na internet. "Esse é um mundo diferente e não é para competir com o existente, mas fornecer alternativas, ganhar menos com os juros, girando mais os recursos", explicou a fundadora.


O banco é o primeiro a ter um desenho integrado no Brasil e no mundo. Será uma instituição que envolverá empresas dos mundos real e virtual, criação de fundos e apoio a projetos sociais. "Tinha que ser para democratizar o acesso e também ter a participação das pessoas".


Mas de onde virá o dinheiro do BCAD para bancar os projetos que o banco virá a financiar? Segundo Ada, de fundos coletivos que estão sendo criados para uma instituição, nos moldes de uma cooperativa, com projetos que serão mostrados a possíveis financiadores. "Podemos fechar um fundo com 1 milhão de pessoas com aportes pequenos de dinheiro. E outro fundo com menos pessoas e chegando a valor igual ao anterior, que tem mais gente", explicou Ada.


Ela citou o caso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. "Ele usou esse tipo de construção de fundos e ganhou ‘horrores’ para sua campanha. É algo parecido que montaremos nos fundos do banco", contou.


Ela disse que os fundos serão constituídos de empresários, pessoas físicas e funcionários públicos já interessados no banco. "Elas vão entrar com dinheiro participando da sociedade", disse.


Na prática, Ada dá um exemplo de negociação que poderá ser intermediada pelo banco: o dono de um comércio de material de construção que está interessado num projeto de tecnologia da informação (TI) para sua empresa coloca, por exemplo, R$ 50 mil no banco. Esse empresário terá do banco um projeto customizado para ele. "É uma economia para o comerciante, já que um projeto de TI é bem mais caro, e o banco vai emprestar aqueles R$ 50 mil com juros menores", explicou Ada.


O site do banco ainda está em fase de criação. Ele trará ferramentas para a pessoa ter acesso a informações sobre linhas de crédito, projetos que ela pode financiar e as ideias que ela pode mandar para o banco para se tornarem um projeto.


Para Ada Lemos, as coisas serão trabalhadas no mundo digital, mas virão do mundo real. "A pessoa que quer abrir um negócio próprio vai ter chance no banco virtual", garantiu. 
LOJAS
Fundadora pedirá ajuda ao governo
O Banco Colaborativista Ada Digital (BCAD) será acessado pela internet, mas também terá lojas. "Vamos viabilizar esses pontos físicos com agências de outros bancos", disse a fundadora, Ada Lemos, que está negociando com o Banco Postal – dos Correios –, Banco do Brasil e Caixa Econômica.


A ideia do BCAD será apresentada a vários órgãos internacionais, como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Ada também vai enviar o projeto do banco para o governo federal. E brinca: "Para as meninas poderosas (as ministras e Dilma)".


O BCAD já tem três projetos em andamento. Um deles é para soluções contra cegueira, usando chips. "Já temos empresas brasileiras interessadas em desenvolver um chip, que chega ao mercado em dois ou três anos", contou Ada, que quer unir universidades e empresas da cadeia de produção. O banco também tem um projeto baseado em consórcios de Arranjos Produtivos Locais que associa artesanato com tecnologias. (HL)

Por se tratar de Banco, instituição que mais explora o cidadão comum, naturalmente a desconfiança é fato. Agora é fato também que esses Bancos: exploradores, mentirosos, ladrões... Vão cair assim como as ditaduras no oriente médio caíram! Na sociedade em rede que emergi, existe uma REDE GLOBAL de pessoas e organizações, que vem redesenhando (tecendo) as estruturas do MERCADO TRADICIONAL, com propósitos de torná-lo mais justo, inovador, transparente, abundante e sustentável. Acredito que o Banco Colaborativista é mais um nodo dessa Rede que busca o BEM COMUM sobre as praticas do MERCADO. Os bancos tradicionais vão ter que se adaptar a essa necessidade ou cairão. E os bancos novos, já devem nascer com novos e bons princípios que a sociedade em rede vem fortalecendo. Caso contrario, tb cairá! Dentro dessa analise, vejo que é mais fácil o novo, nascer com a nova e necessária filosofia de Mercado. "Quando a criação do novo está em jogo, resignar-se ao provável e ao exeqüível é condenar-se ao passado e à repetição. No universo das relações humanas, o futuro responde à força e à ousadia do nosso querer. A capacidade de sonho fecunda o real, reembaralha as cartas do provável e subverte as fronteiras do possível. Os sonhos secretam o futuro."
Eduardo Giannetti


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