quinta-feira, 25 de novembro de 2010

bona fide 2


Para
quem acredita ter uma espécie de “missão” nesta vida, e deseja
descobri-la, eu diria que a maneira de obter esta resposta é bem
simples, basta perguntar a si mesmo: De que forma eu seria mais útil ao
mundo?

Como
agentes da evolução, a obrigação de todo ser humano é uma só: Fazer o
melhor possível, dentro de suas habilidades, conhecimentos, capacidades e
aptidões naturais, para contribuir com o progresso da humanidade e
melhorando as condições de vida de todas as criaturas terrestres.

Esse
princípio pode parecer muito abstrato para alguns, por isso colocarei
algumas dicas, alguns passos que podem ser seguidos para a realização
desta tarefa.

Em
primeiro lugar precisamos realizar um processo de autoconhecimento,
pois não há como realizar o melhor dentro de nossas capacidades, de
acordo com nossas aptidões, se não sabemos quais são essas aptidões,
qual é nossa capacidade, quais são nossas habilidades e nosso limite.
Somente através de um processo contínuo de autoconhecimento, de
observação, meditação e contemplação passamos a nos conhecer e perceber
de que forma podemos melhor colaborar para o progresso coletivo.

Após
saber qual a melhor maneira que podemos contribuir, é necessário o
desenvolvimento humano integral, para que possamos nos tornar aptos a
ajudar e construir. Um homem precisa antes aprender a nadar para somente
depois querer salvar vidas de pessoas que estão se afogando.

Para
saber o que devemos fazer, é necessário olhar para o interior (nós, nos
conhecermos) e para o exterior (os outros ao nosso redor, o mundo).
Somos responsáveis pelas pessoas que podemos auxiliar, pelos problemas
que podemos resolver, pelo fardo que podemos carregar. A obrigação de um
bom escritor é escrever, de um ótimo neurocirurgião é operar, assim por
diante, devemos cumprir com aquilo que nos é incumbido pela
necessidade.

Um homem que não se desenvolve e não atua onde seria mais necessário, em
verdade realiza um grande sacrilégio, negligencia aquilo que a natureza
lhe doou, renuncia seu legado natural e sua obrigação para com o mundo,
ocupando seu tempo com afazeres medíocres ou com a ociosidade. Dessa
forma ele acaba desperdiçando sua atual encarnação, estagnando,
atrofiando, se tornando uma simples e deformada sombra “daquilo” que
poderia ter sido.
Regina Layra

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