segunda-feira, 28 de março de 2016

Das dores do mundo...podemos parar de fugir de nos....

Porque tendemos a fugir, em vez de mergulhar na vida e em nossa alma?

Heberle Sales Babêtto

Vivemos em um mundo onde cada vez mais a alienação e mercantilização da vida se fazem presentes.

Temos varias formas de lidar com a vida, essas estratégias são formas de se lidar com questões existências e com nosso cotidiano, elas tem seu impacto em nossas escolhas e destino. Mas o que se coloca  desde que o ser humano desceu das arvores é de outra natureza: como viver uma vida que merece ser vivida?

Como viver uma vida bem-sucedida, plena e realizada?





Se você esta vivendo uma vida no piloto automático ou na zona de conforto, fica o aviso antes de ler, de que esse conteúdo toca nessa questão.



Nossas existências sofrem o peso da vida , todos temos questões em comum e temos de lidar com elas da melhor forma que pudermos.

Coachings, consultores, médicos da alma, concordam que temos de ter pensamentos positivos e uma vida propositiva.

Mas todo ser humano tem em seu conteúdo, em seu inconsciente, uma gama de sentimentos emoções, memorias obscuras, densas e algumas nada positivas, embora nossa educação e bom senso digam para fugir dessa área e afirmar a vida, nada em momento algum, nos prepara para lidar com esse conteúdo, que fica agindo em nosso vida, até que um dia, em um possível despertar, aprendamos a lidar com essas forças instintivas e de camadas mais profundas. 



As culturas mais antigas que não eram iludidas ou seduzidas como a nossa pela tecnologia ou racionalidade, lidavam com esses aspectos contraditórios e "negativos da vida", dialogavam com eles, de forma mais autentica e eficaz.


Tinham vários recursos como o mito, a arte, a religião, a jornada do herói, processos que estimulavam a evolução e tomada e crescimento.

Com meu professor Irvin Yalom, aprendi a dialogar com esses aspectos da vida, e com experiências de vida e morte, e fui devidamente iniciado a lidar  com isso, confesso que ainda estou aprendendo.

Mas essa estratégia de negação da vida, eu tive de abrir mão, afinal eu desejava encontrar minha paz, meu centro, e aprender  a lidar com essas terríveis forças que impelem nosso destino, ao bel prazer como um deus vaidoso, maligno e sádico..

O mito dos gregos apontava através da historia da deusa Fortuna, das Moiras que controlavam o destino, que segundo sua visão de mundo, nossa existência não estava em nossas mãos, em nosso controle totalmente, era um alerta dado a todos para serem humildes e encarar a vida, com um olhar filosófico e questionador.

Hoje o controle da vida é a regra de ouro que buscamos, queremos ter o total controle da emoções, dos sentimentos, pensamentos, resultados elevados, em uma dança de performance superior.

Expectativas tão elevadas, não tornam nossa vida mais fácil, nem bem sucedida.   
Já o alerta dado em  o mito de Sísifo é sobre seres condenados a se repetirem pela eternidade, agindo de forma robótica, vivendo uma vida sem sentido, pois não despertam do sono da vida.  




A morte como o sol da Vida


Todos nos vivemos debaixo de um sol abrasador, alguns conseguem um pouco de sombra, mas também, tem de lidar com os efeitos desse sol, com passar do tempo, vamos nos esquecendo dele e vivendo nossa vida, como se o SOL não estivesse sobre nossas cabeças.


Somos engenhosos, preenchemos nossa vida de tal maneira, que nos conseguimos nos esquecer do sol abrasador. É sábio não olhar direto para o sol, pois podemos ficar cegos ou paralisados com seu brilho.                      
Esse Sol é a morte.





Como lidar com o SOL...podemos usar sua energia e captar em baterias, canalizar para algo útil ou positivo, com painéis solares. Mas seu brilho é o testemunho dessa entidade e sua onipresença. Essa condição, de que um dia ou seja a qualquer instante podemos morrer, ela gera efeitos em nossa mente e corpo físico, por isso não somos animais, somos seres que tem ciência de sua mortalidade.   


Essa não é tragédia da  vida : viver sem razão ou sem sentido ou de forma robótica, seria a verdadeira tragédia.

Esse sol nos dá sentido de urgência , vitalidade, finalidade de ciclo e do valor da existência, de sua raridade ou sacralidade.





Ele é o testemunho de que no universo existem coisas como a antimatéria, que ao tocar a matéria gera a aniquilação, qual o sentido de existir algo, que  age de forma tão destrutiva, dissolvendo tudo em um passe de mágica em nosso universo?



A morte tem dessas coisas é essa força que age de forma invisível e tão de forma tão intensa.

Fato é que Eros e Thanatos, desejo e morte, são duas energias que queremos normalizar e controlar, com nossos artifícios, truques e mesmerismos, plásticas, viagras, hormônios, manipulação genética, paraísos celestes...tentativas de criar um antidoto que nos dê a paz e o bem estar, para lidar com todas essas questões, que não conseguimos racionalizar.



together eros e tanatos 




Então como é que fica? 



Não só não temos tempo para bem viver, existir, como não temos tempo para refletir sobre isso, como mudar de curso ou  alterar nossa trajetória, o que dirá, lidar com nossa finitude...


E dentro de nos, essas forças subterrâneas, começão a criar pressão e a  manisfestar sua presença invisível e irracional,  gerando: angustia, medo, pânico, desespero, depressão, uma gama incrível de sentimentos, que nos arrastão para o chão, para nosso inferno particular.


Se algo, tem efeito tão nefasto sobre mim, claro que vou qualificar com algo negativo ou destrutivo.


Não estamos falando da pressão de sobreviver ou levar uma vida digna, ou de perigos vindos do espaço, uma invasão alienígena, mas algo que convive comigo vinte quatro horas e que teimo em fechar o olhos e fugir, para não lidar com algo tão asqueroso e adverso.


Se levo uma vida toda, fugindo, usando truques para me distrair e escondendo  de mim mesmo, de minha própria natureza,  só posso dizer, que se trata de uma tragicomédia.   

Como lidar com os problemas da vida.

O Efeito da Sombra é nossa historia comum desde o primórdios..




Aqui você tem um tema universal, que qualquer autor sem ideias, pode usar para escrever: peças, poemas e criar obras de arte profundas e reveladoras.... a negação da vida, a fuga de Si, a erosão de minha sanidade...a vida sem sentido....

Encontramos na Odisseia, Shakespeare, russos, Gilgamesh, em todos os grandes clássicos.





Em síntese, aprender a conviver bem consigo, esse despertar para as forças da alma e renascer em vida é o antidoto a essa antimatéria, significa que: eu me torno quem sou.

Sem negar minha sombra, meus aspectos indesejáveis ou menos nobres, aprendo a lidar com isso, como fruto de minha liberdade de ser e viver.
E essa negatividade, deixa de agir sobre minha mente consciente na forma de conflito e antagonismo, ela é como um vento agindo nas velas de um barco, em um vasto oceano. Preciso desse vento para lidar com o absoluto, o vazio, o real...e o Eu, meu finito particular.  A minha mente consciente, é um como capitão, eu posso mover o leme, para onde desejar....seja debaixo de uma tempestade ou de  boas condições de tempo.

Sim, não vamos ao mar, quando tem furacão...mas tem gente que vai, pois acha divertido....






Somos como uma árvore, com raízes tão profundas no inferno da alma, que agora pode crescer rumo aos céus da vida, ela tem o atributo da inovação, da resiliência, da criatividade, ela sabe lidar com o fogo e a tempestade, aspectos contraditórios. Com o tempo aprendemos a ver com coragem, e essas coisas, até me dão prazer e contentamento, pois dessa contradição, surgem novos sentidos ou sabores da vida, que estavam ocultos encerrados no véu de nosso tédio ou controle vital.
Nossa vida, não é tão vazia como achamos, pois debaixo da superfície, tem forças subterrâneas, vulcões com magma fervendo e escorrendo em rios dentro de mim.


Como vulcanólogos, arqueólogos, ou geólogos, precisamos investigar e aprender seu movimentos e historia.




Precisamos de uma nova cosmovisão



Boff me lembrou outro dia, que os gregos tinham seu modo de lidar com a vida de forma integral e muito mais rica, e como isso de certa forma se perdeu , talvez uma das  explicações para esse constante movimento de crise que vivemos hoje.  
(crise: social, econômica, politica, espiritual, ecológica....)



Cada povo tem seus valores e recursos para lidar com isso, o gregos não são modelo de nada para ninguém, abordo isso a titulo de reflexão, sobre a grandeza e profundidade da vida que nos negamos a nós mesmos cada dia, precisamos de um nova cosmovisão que mantenha os pés na tradição e caminhe em direção ao futuro, para a inovação da vida..

Podemos encontrar bons exemplos e dica na tradição Iorubá, Latina indígena, Indiana e ao redor de todo o mundo.




Segundo ele, "Pathos, Eros, Logos, Daimon e Ethos são palavras geradoras do paradigma greco ocidental, que estruturam o percurso da vida humana, na imensa aventura cósmica que nos toca e permite a vida evoluir."


Pathos é o sentimento de base pelo qual somos afetados e afetamos tudo que nos cerca. Configura a estrutura básica da existência enquanto ser no mundo, junto com outros em permanente inter-relacionamento.
Eros significa a força vital, o entusiasmo, a criatividade da vida, a força de expansão e criação de diferenças e também de sua unidade dinâmica.
Logos é a capacidade de interação, de descoberta e de criação de sentido em tudo o que sentimos e captamos. É um principio ordenador da vida e do universo.
Daimon é a voz interior, o chamado de nossa natureza profunda, a inclinação e o afeto que sempre nos empurram para a frente e para cima, ajudando-nos a discernir o bem e o mal.

Ethos é a capacidade de ordenar responsavelmente com os outros e com o mundo circundante, para que possamos viver na justiça, na cooperação e na paz, no interior da casa comum dos humanos ( sentido originário de ethos, habitat humano.)  Me lembra o Ubuntu dos  africanos...

Essas categorias eram bem articuladas nos tempos clássicos, e produziam harmonia e paz social.. segundo os gregos e sua cosmologia amarrava esse sistema.


"Em nossa sociedade o logos ganhou um hegemonia, ao longo da historia de Sócrates até hoje, emoções,  sentimentos, se tonaram uma  fraqueza, algo que devemos deixar de fora das empresas, presente na imparcialidade da justiça, na neutralidade da ciência.. um belo paradigma...."

Isso constitui uma espécie de ditadura do logos, sobre as demais dimensões da existência ( da vida ) e de sua compreensão analítica, própria dos tempos modernos.  

"O pathos e o eros o daimon e o ethos foram posto sob suspeita; eram acolhidos somente na medida em que passavam pelo crivo da razão questionadora. Especialmente pathos, como capacidade de sentimento profundo, de enternecimento e de com-paixão, foi acantonado no âmbito da estrita subjetividade.
Efeito da racionalização pragmática a crise se mostrou em duas guerras mundias e na paz armada do pós guerra,  mostrava o a insanidade da razão e seus limites.
Se a razão é útil para o funcionamento e a comodidade  da vida, ela pode ser também destrutiva, a ponto de pôr em xeque o futuro da vida no planeta Terra e por fim a aventura humana.
A crise da cultura do logos levou à revalorização do pathos e do eros do daimon e do ethos como caminhos de integração e de resgate do próprio logos; a serviço da vida humana e da preservação da integridade da criação."

Esse dialogo com Leonardo Boff, me faz perguntar tantas coisas, com um olhar de amorosidade, eu quero saber mais, compreender, como lidar com essas contradições e forças antagônicas que hoje nos paralisam e nos conduzem a autodestruição.




Todo mundo já deve ter visto ou ouvido a manifestação de seu daimon em algum momento de sua vida, e logo aparecem exorcistas, profissionais  querendo tirar o capeta do seu corpo...  começamos a tratar isso como um problema grave: aquele que esta  possuído por um demônio ou espirito, e sendo assim nossa voz interna vai sendo calada a cada dia, vamos morrendo de dentro para fora.



Um sociopata que destrói comunidades, vidas e passa por cima de toda ética, pode perfeitamente estar possuído por uma essência, uma racionalidade capaz de fazer tamanho estrago.

Alerta, existem estados e transtornos que são distúrbios graves e que precisam de  uma abordagem, as vezes química ou humanista para restabelecer o centro da vida da pessoa. Autismo, esquizofrenia... tantos transtornos que tem origem em falhas genéticas ou defeitos do funcionamento do nosso cérebro.
Estamos falando de estados gerados por uma má consciência ou lógicas existências confusas e desequilibradas, que afetam diretamente nossa vida em todas as  suas dimensões.
Nossa negação desses estados alterados de consciência e nossa falta de habilidade para lidar com isso,  não impede de cair em algo ainda pior do que um surto ou crise existencial.


Essa porta que se abre a nossa integralidade, da aceitação do amor, do autoconhecimento, ela ilumina esses aspectos que os gregos e outras tradições bem conheciam.. e que com nosso verniz de civilização ou racionalidade nos levam a mergulhar em um mais profundo desequilíbrio e desespero, muitas vezes nos fazendo ficar perdidos de forma irremediável ou por um bom ciclo de vida.  você já pegou assim vivendo dessa forma...


Então o inconsciente individual foi iluminado...

o que preciso saber sobre isso...


Freud investigou isso e colocou do seguinte modo, temos na vida um aspecto consciente e outro inconsciente, e somos movidos pelos seguintes elementos: Id, Ego, e Super Ego.





O id contém a nossa energia psíquica básica, ou a libido (desejo), e se expressa por meio da redução de tensão. Assim, agimos na tentativa de reduzir essa tensão a um nível mais tolerável. Para satisfazer às necessidades e manter um nível confortável de tensão, é necessário interagir com o mundo real. Portanto, é necessário estabelecer alguma espécie de ligação adequada entre as demandas do id e a realidade.


O ego serve como mediador, um facilitador da interação entre o id e as circunstâncias do mundo externo. O ego representa a razão ou a racionalidade, ao contrário da paixão insistente e irracional do id. Freud chamava o ego de ich, traduzido para o inglês como  "I"  (Eu"  em português). Ele não gostava da palavra ego e raramente a usava. Enquanto o id anseia cegamente e ignora a realidade, o ego tem consciência da realidade, manipula-a e, dessa forma, regula o id. O ego obedece ao princípio da realidade, refreando as demandas em busca do prazer até encontrar o objeto apropriado para satisfazer a necessidade e reduzir a tensão.

O ego não existe sem o id; ao contrário, o ego extrai sua força do id. O ego existe para ajudar o id e está constantemente lutando para satisfazer os instintos do id. Freud comparava a interação entre o ego e o id com o cavaleiro montando um cavalo fornece energia para mover o cavaleiro pela trilha, mas a força do animal deve ser conduzida ou refreada com as  rédeas, senão acaba derrotando o ego racional.



  O superego representa a moralidade. Freud descreveu-o como o "defensor da luta em busca da perfeição - o superego é, resumindo, o máximo assimilado psicologicamente pelo indivíduo do que é considerado o lado superior da vida humana" (Freud, 1933, p. 67). Observe-se então, que, obviamente, o superego estará em conflito com o id. Ao contrário do ego, que tenta adiar a satisfação do id para momentos e lugares mais adequados, o superego tenta inibir a completa satisfação do id

A luta interna entres essas energias e suas interações, gera estados de consciência, que podem ser harmônicos ou antagônicos. 




Em outras palavras: 


ID: Constitui o reservatório de energia psíquica, é onde se localizam as pulsões de vida e de morte. As características atribuídas ao sistema inconsciente. É regido pelo princípio do prazer (Psiquê que visa apenas o prazer do indivíduo).

EGO: É o sistema que estabelece o equilíbrio entre as 

exigências do id, as exigências da realidade e as ordens do 

superego. A verdadeira personalidade, que decide se acata 

as decisões do (Id) ou do (Superego).




SUPEREGO: Origina-se de nossa moral coletiva e social como habitus ou censura na forma do Tabu (para Freud isso vem do complexo de  Édipo), a partir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. (É algo além do ego que fica sempre te censurando e dizendo: Isso não está certo, não faça aquilo, não faça isso, ou seja, aquela que dói quando prejudicamos alguém, é o nosso "freio".)  (fonte)



Por isso envelhecer deveria ser uma jornada de descoberta e libertação, de exercício da liberdade e da plena consciência diante da vida.





A maturidade é o caminho existencial dado a todos como dádiva não depende da sua idade cronológica, significa não sermos limitados por aspectos artificiais ou redutores.. não é preciso pular de para quedas.....ou saltar de um abismo...
É como a historia do Benjamin Button, filme que recomendo, onde que inverte o sentido da vida, como conhecemos e mostra o essencial e fundamental para se viver bem, ter um vida bem sucedida e realizada.








Certamente invocamos as forças divinas ou celestiais, santos, anjos, demônios,  o que for, quando estamos sofrendo.
Drogas de bem estar, química sempre usamos e usaremos, temos de lidar com nossa finitude, nosso envelhecimento e nossa falência.. eu acho isso muito natural...mas qualquer ser humano que tenha consciência, sabe o que isso quer dizer....

Minha vó dizia: que era uma merda rsrsrs.





Estamos caminhando para criar soluções para isso pela primeira vez em nossa historia, a imortalidade esta se abrindo a nos no campo do transhumanismo, soluções técnicas e cientificas para fazer frente a esse dilema, a essa dor.




Mas tão logo vençamos a morte, vamos passar para outro dilema, outra dor de ordem  muito maior e terrível....



Se não conseguimos dar sentido a vida em um curto período de tempo, como dar sentido a uma vida eterna....que se repetirá indefinidamente...

Vamos ter de lidar com essas forças por todas eternidade, a cada dia...

mito do vampiro que precisa sugar a vida mortal para nutrir sua eternidade....




Nossa melhor solução até agora foi o paraíso, o céu, onde todos ficamos jovens eternamente, mas não diz o que nem o que fazer nessa eternidade, nesse céu ou paraíso.

Existir como cágados sentados ao sol cantando 

kumbaya my lord 

, na boa como tatu bolas auto centrados, ou transando igual macacos bonobo?....yeah!!!

Meu pai, diz que ficaremos cantando cânticos e adorando o pai eterno... simples assim!


Eu prometi....



Como viver uma vida que merece ser vivida?
Como viver uma vida bem sucedida, plena e realizada? 
é uma pergunta que é bem investigada aqui...
Aprender a Viver...


Desejo a todos paz e boas vibrações, vamos apreender a lidar com os aspectos do ser, é possível, e é viável é a unica saída.




[ Recém-nascida verdade.

Vão-se as nuvens da razão,

Enganos, negra maldade.

Loucura, labirinto infinito,

Que as raízes enredam.

Quantos aí se perderam! ]


William Blake







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