quinta-feira, 21 de julho de 2011

Nervo artificial devolve movimentos às mãos

Nervo artificial devolve movimentos às mãos


Rio de Janeiro. Um trabalho de cientistas brasileiros pode revolucionar o tratamento de pessoas que perderam a capacidade de movimento e a sensibilidade das mãos.

Até um pequeno corte no braço pode atingir um nervo e provocar sequela. O nervo precisa ser religado em até duas semanas. Quem não faz a cirurgia nesse prazo recupera, no máximo, 60% das funções da mão.

Agora, cientistas da PUC de Porto Alegre, em parceria com franceses da universidade Montpellier, desenvolveram uma nova técnica que aumenta as chances de recuperação dos pacientes. Os pesquisadores descobriram exatamente quais substâncias ajudam a regenerar o nervo afetado e colocaram tudo em um tubinho menor que um palito de fósforo. É o nervo artificial.

O tubo é formado por cavidades invisíveis a olho nu. Os espaços são preenchidos com os fatores de crescimento: substâncias criadas em laboratório iguais às fornecidas pelo organismo para regenerar tecidos. O tubo substitui o nervo que se rompeu. Ao longo de seis meses, os fatores de crescimento são liberados. O tubo é absorvido pelo organismo e, no lugar dele, um novo nervo se forma.

Testado em cobaias, o nervo artificial recuperou mais de 90% dos movimentos dos ratinhos. Em setembro, será testada em pacientes do SUS. O próximo passo é tentar recuperar lesões ainda mais graves, em ossos, tendões e músculos.

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