sexta-feira, 15 de julho de 2011

Jovem sérvio decide substituir a mão por prótese mecânica

Jovem sérvio decide substituir a mão por prótese mecânica
Membro artificial criado na Áustria funciona captando impulsos cerebrais


Londres, Reino Unido. O sérvio Milo perdeu os movimentos do braço direito em um acidente de motocicleta dez anos atrás. Cirurgias conseguiram recuperar o braço parcialmente, mas sua mão ainda é incapaz de fazer movimentos básicos.


Por causa disso, ele optou por amputar a mão disfuncional para colocar uma prótese mecânica em seu lugar. Milo, 26, diz que a solução de amputar sua mão é a melhor que pode imaginar, depois de viver uma década com uma mão deficiente.


A cirurgia está sendo oferecida pelo cirurgião austríaco Oskar Aszmann, da Universidade Médica de Viena, que a descreve como uma "reconstrução biônica".


A prótese mecânica funciona captando os mesmos impulsos cerebrais que controlariam a mão natural. Os sinais são detectados através de sensores dentro da prótese. Em 2010, um jovem chamado Patrick, 24, foi a primeira pessoa no mundo a escolher a troca por uma mão biônica, também em Viena.


Ele perdeu as funções da mão depois de ser eletrocutado no trabalho. Hoje, ele consegue abrir rapidamente uma garrafa e até amarrar os sapatos, usando os mesmos sinais que utilizava para controlar sua mão real.


A experiência de Patrick ajudou Milo a decidir-se pela operação.


Há risco de arrependimento

Decidido. O sérvio identificado apenas como Milo (no destaque) vai receber uma prótese mecânica no braço


Londres. Remover partes vivas do corpo humano, mesmo que danificadas, levanta sérias questões éticas. Bennet Foddy, especialista em ética médica da Universidade de Oxford, diz que é sempre difícil certificar-se de que o paciente sabe o que está fazendo e que não se arrependerá.


Mas Oskar Aszmann diz que não tem problemas com a ideia de cortar a mão natural de Milo, já que a reconstrução biológica dos movimentos seria um processo longo e, possivelmente, ele ainda teria uma mão disfuncional no fim.

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