terça-feira, 24 de agosto de 2010

O ESPELHO

Nespelho, vejo-me diante de mim mesmo. Mas, vejo-me de verdade? Depois de me olhar longamente no espelho, sinto-me melhor? Aquele que vejo ali refletido, sou realmente eu?
Há quem apresente um espelho a outros, para que se vejam. Mas quem é que eles vêem aí: a si mesmos ou a pessoa que lhes colocou o espelho diante dos olhos?
O espelho é apenas um reflexo de algo externo. O real está diante do espelho; às vezes, está por trás dele.
Também nos espelhamos no rosto de alguém, por exemplo, quando reencontramos ou revemos essa pessoa, depois de uma longa ausência. Em seu rosto vemos mais de nós do que num espelho. Nele se espelham nossa alma, nosso amor, nossa simpatia, mas também nosso pesar e nossa raiva. Em seu rosto também podemos ver como mudamos. E podemos ler nele se nos aproximamos ou nos afastamos dessa pessoa.
Mas em nosso rosto também se reflete para o outro a nossa alma e talvez algo mais. Às vezes, dizemos que o ser humano é uma imagem de Deus. Quando isso acontece, seu rosto tem uma beleza especial.


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