quinta-feira, 8 de julho de 2010

solstício de inverno

Foi tarde!.

Soubera eu
Que o inferno eram vagas de silêncios
De verdades que não ousámos admitir,
E que nas margens do purgatório
Se deleitavam os ruídos que evitámos
Com os confrontos adiados a fazer-lhes guarda
E que à porta nos abririam os braços
Os amanhãs perdidos,
E teria ficado mais tempo a contemplar a fúria
E baniria do dicionário íntimo a prudência.
Ana Paula Zeferino

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